Quais exames podem ajudar a prevenir o câncer de intestino?

Alterações no hábito intestinal podem ser a chave para a descoberta da doença, que acomete principalmente as mulheres

Publicado em: 8 de novembro de 2023  e atualizado em: 8 de novembro de 2023
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O câncer colorretal, uma das formas mais comuns de câncer no Brasil, que se desenvolve no intestino grosso e em sua porção final - o reto, apresenta um desenvolvimento silencioso e gradual. No Brasil, o câncer colorretal emerge como a terceira forma mais comum de câncer entre os homens, estando atrás apenas do câncer de próstata e de pulmão. Já entre as mulheres, é a segunda mais prevalente, ficando apenas atrás do câncer de mama, de acordo com os dados revelados pelo Instituto Nacional de Câncer (INCA) (1).

O Atlas de Mortalidade por Câncer, que se fundamenta no Sistema de Informações sobre Mortalidade (SIM), traz à tona números igualmente preocupantes, com 20.245 óbitos associados ao câncer colorretal em 2020, com 9.889 mortes masculinas e 10.356 femininas (1). 

Os fatores de risco incluem idade igual ou superior a 50 anos, excesso de peso, alimentação desequilibrada, tabagismo e consumo de álcool2. Em aproximadamente 90% dos casos, a doença tem sua origem nos pólipos adenomatosos, que, ao longo do tempo, experimentam alterações celulares progressivas (1).  
 
Sintomas e diagnóstico 

Alguns sinais de alerta incluem a presença de sangue nas fezes, alterações no hábito intestinal (como diarreia crônica ou urgência para evacuar), sintomas obstrutivos (como fezes finas, sensação de esvaziamento incompleto, constipação recente e cólicas abdominais com inchaço abdominal), bem como sinais inespecíficos, como fadiga, perda de peso e anemia prolongada (1).  

Para investigar, existem três principais métodos para verificar problemas no intestino grosso (2): 

  • Retossigmoidoscopia: focaliza a parte final do tubo digestivo, incluindo o reto e a extremidade distal do intestino grosso, permitindo a identificação e a remoção de possíveis lesões;
  • Colonoscopia: proporciona uma visão abrangente do cólon e do intestino grosso, sendo útil para examinar todo o intestino grosso e a parte final do intestino delgado, além de realizar biópsias que ajudam no diagnóstico preciso;
  • Teste do sangue fecal oculto: detecta vestígios de sangue nas fezes através de uma reação química.  

Além da colonoscopia e da retossigmoidoscopia, há uma variedade de outras alternativas que desempenham um papel crucial no diagnóstico do câncer colorretal. Estes incluem (3): 

  • Ultrassonografia: este exame produz imagens em tempo real dos órgãos internos. Pode ser realizado na região abdominal ou diretamente na área retal;
  • Ressonância magnética: a ressonância magnética é valiosa para determinar o tamanho e a localização do tumor, bem como para identificar lesões metastáticas;
  • Ressonância endorretal: esse tipo de ressonância é frequentemente usado em pacientes com câncer retal para avaliar se a doença se disseminou para outras áreas;
  • Radiografia de tórax: esse exame avalia as estruturas internas do tórax, auxiliando na detecção de possíveis metástases;
  • PET Scan (Tomografia com Emissão de Pósitrons): esse exame combina medicina nuclear e análise bioquímica. Ele permite a visualização das células cancerígenas por meio da reação celular a substâncias específicas administradas para o procedimento;
  • Angiografia: a angiografia utiliza raios-X para visualizar os vasos sanguíneos e pode ajudar a identificar a disseminação do câncer colorretal para outras áreas, como o fígado.

Esses exames desempenham um papel fundamental na avaliação e no acompanhamento do câncer colorretal, auxiliando os profissionais de saúde no planejamento de estratégias de tratamento adequadas. 
 
Referências: 1. Dia Mundial da Saúde Digestiva: “Prevenção do câncer colorretal”. Ministério da Saúde. Último acesso: 26 de setembro de 2023; 2. Câncer de Intestino, exames que ajudam na prevenção. CEMAD. Último acesso: 26 de setembro de 2023; 3. Como é o diagnóstico do câncer colorretal?. Sociedade Brasileira de Cirurgia Oncológica. Último acesso: 26 de setembro de 2023. 

Este material tem caráter meramente informativo. Não deve ser utilizado para realizar autodiagnóstico ou automedicação. Em caso de dúvidas, consulte sempre seu médico.
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