Capsulite adesiva, sintomas e tratamentos

Conhecida também como ombro congelado, provoca fortes dores e limitação de movimento

Publicado em: 19 de janeiro de 2022  e atualizado em: 20 de janeiro de 2022
  • Para compartilhar
Ouvir o texto Parar o Audio

A capsulite adesiva, também conhecida como ombro congelado, é uma condição inflamatória caracterizada pela rigidez do ombro, dor e perda significativa da amplitude de movimento¹. 

O ombro congelado é ligeiramente mais comum no sexo feminino e costuma afetar pessoas entre 40 e 70 anos de idade, e que acomete de 2% a 5% da população² ³. A etnia asiática se mostrou um fator de risco aumentado para o desenvolvimento da capsulite adesiva³.  Esta condição pode surgir a partir de alguma lesão no ombro, como uma ruptura de tendão, ou um simples traumatismo ou uma batida nesta região. Outra situação que favorece o surgimento da patologia é após cirurgia no ombro². 

Não são incomuns, contudo, as situações em que a causa não é determinada, mas existem diversos fatores que estão associados a um maior risco de desenvolvimento do ombro congelado como o diabetes mellitus, hipertrigliceridemia, doenças da tireóide, predisposição genética, doença cardíaca, doença de Parkinson e um perfil psicológico característico com tendência a ansiedade e depressão² ³. Foi relatada a incapacidade de longo prazo em 10% a 20% dos pacientes e a persistência dos sintomas em 30% a 60%¹.

Os principais sintomas dos pacientes acometidos pela capsulite adesiva são a perda de movimento no ombro e dor. Ela costuma ser dividida em três fases distintas.  Na primeira fase, o principal sintoma é a dor forte, que piora com movimentação do ombro. Na segunda fase, ou fase de congelamento, vai ocorrendo uma diminuição progressiva dos movimentos, e a rigidez em si torna-se mais incômoda que a dor. Na última fase, que é conhecida como fase de descongelamento, o ombro gradativamente vai retornando ao seu normal. A duração da capsulite adesiva varia bastante, e pode ir de 6 meses até 2 anos, e costuma ser autolimitada².

Contudo, existem tratamentos que podem acelerar a recuperação do ombro congelado e amenizar os sintomas. A escolha do tratamento é realizada de acordo com a experiência e a preferência de cada médico, e por isso é fundamental procurar um ortopedista caso surjam esses sintomas.  Os tratamentos podem ser realizados por meio de medicamentos analgésicos, anti-inflamatórios ou até antidepressivos, que agem no combate da dor². 

Também são usadas com frequência sessões de fisioterapia, que inicialmente têm o objetivo de retirar a dor e conforme ela passa inicia-se o trabalho de recuperação dos movimentos. Um método que tem mostrado grande eficácia é a realização de infiltrações de anestésico para bloqueio do nervo supra escapular, que fica próximo ao ombro. Mas existem alguns poucos casos em que a doença se mostra muito resistente e incapacitante, e daí pode estar indicada a realização de tratamento cirúrgico, mas esses, como dito, são casos mais raros. Com a cirurgia é realizada a “liberação” da articulação, preferencialmente, com o uso de artroscopia².

Caso surja a suspeita de estar com o ombro congelado, ou seja, quando houver dor forte e/ou perda de movimento do ombro, procure um ortopedista.

 

Fontes: 1. Adhesive Capsulitis. National Center for Biotechnology Information. Último acesso em 24 de novembro de 2021. 2. Ombro congelado. Instituto Nacional de Traumatologia e Ortopedia. Último acesso em 24 de novembro de 2021. 3. Etnia Asiática: um fator de risco para a capsulite adesiva?. Scielo. Último acesso de 24 de novembro de 2021.

Este material tem caráter meramente informativo. Não deve ser utilizado para realizar autodiagnóstico ou automedicação. Em caso de dúvidas, consulte sempre seu médico.
  • Para compartilhar
Você achou esse conteúdo útil?