Capsulite adesiva, sintomas e tratamentos
Conhecida também como ombro congelado, provoca fortes dores e limitação de movimento
A capsulite adesiva, também conhecida como ombro congelado, é uma condição inflamatória caracterizada pela rigidez do ombro, dor e perda significativa da amplitude de movimento¹.
O ombro congelado é ligeiramente mais comum no sexo feminino e costuma afetar pessoas entre 40 e 70 anos de idade, e que acomete de 2% a 5% da população² ³. A etnia asiática se mostrou um fator de risco aumentado para o desenvolvimento da capsulite adesiva³. Esta condição pode surgir a partir de alguma lesão no ombro, como uma ruptura de tendão, ou um simples traumatismo ou uma batida nesta região. Outra situação que favorece o surgimento da patologia é após cirurgia no ombro². Não são incomuns, contudo, as situações em que a causa não é determinada, mas existem diversos fatores que estão associados a um maior risco de desenvolvimento do ombro congelado como o diabetes mellitus, hipertrigliceridemia, doenças da tireóide, predisposição genética, doença cardíaca, doença de Parkinson e um perfil psicológico característico com tendência a ansiedade e depressão² ³. Foi relatada a incapacidade de longo prazo em 10% a 20% dos pacientes e a persistência dos sintomas em 30% a 60%¹.
Os principais sintomas dos pacientes acometidos pela capsulite adesiva são a perda de movimento no ombro e dor. Ela costuma ser dividida em três fases distintas. Na primeira fase, o principal sintoma é a dor forte, que piora com movimentação do ombro. Na segunda fase, ou fase de congelamento, vai ocorrendo uma diminuição progressiva dos movimentos, e a rigidez em si torna-se mais incômoda que a dor. Na última fase, que é conhecida como fase de descongelamento, o ombro gradativamente vai retornando ao seu normal. A duração da capsulite adesiva varia bastante, e pode ir de 6 meses até 2 anos, e costuma ser autolimitada².
Contudo, existem tratamentos que podem acelerar a recuperação do ombro congelado e amenizar os sintomas. A escolha do tratamento é realizada de acordo com a experiência e a preferência de cada médico, e por isso é fundamental procurar um ortopedista caso surjam esses sintomas. Os tratamentos podem ser realizados por meio de medicamentos analgésicos, anti-inflamatórios ou até antidepressivos, que agem no combate da dor².
Também são usadas com frequência sessões de fisioterapia, que inicialmente têm o objetivo de retirar a dor e conforme ela passa inicia-se o trabalho de recuperação dos movimentos. Um método que tem mostrado grande eficácia é a realização de infiltrações de anestésico para bloqueio do nervo supra escapular, que fica próximo ao ombro. Mas existem alguns poucos casos em que a doença se mostra muito resistente e incapacitante, e daí pode estar indicada a realização de tratamento cirúrgico, mas esses, como dito, são casos mais raros. Com a cirurgia é realizada a “liberação” da articulação, preferencialmente, com o uso de artroscopia².
Caso surja a suspeita de estar com o ombro congelado, ou seja, quando houver dor forte e/ou perda de movimento do ombro, procure um ortopedista.
Fontes: 1. Adhesive Capsulitis. National Center for Biotechnology Information. Último acesso em 24 de novembro de 2021. 2. Ombro congelado. Instituto Nacional de Traumatologia e Ortopedia. Último acesso em 24 de novembro de 2021. 3. Etnia Asiática: um fator de risco para a capsulite adesiva?. Scielo. Último acesso de 24 de novembro de 2021.