Chikungunya
É uma arbovirose causada pelo vírus Chikungunya, transmitido pelos mosquitos Aedes Aegypti e Aedes albopictus infectados.
Publicado em: 6 de dezembro de 2018
e atualizado em: 28 de setembro de 2020
A febre de Chikungunya é uma arbovirose (doença com vírus transmitido por artrópodes – como mosquitos) causada pelo vírus Chikungunya (CHIKV), transmitido pela picada das fêmeas de mosquitos Aedes Aegypti e Aedes albopictus infectados (1).
Em 2013, a Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS) publicou um alerta epidemiológico sobre os primeiros casos autóctones da doença (contaminação ocorrida dentro do próprio local, sem ter sido trazida de nenhum lugar ou agente), e em 2014 foram registrados mais de um milhão de casos suspeitos em países como México, El Salvador, Porto Rico, Colômbia, Brasil e outros, com 169 mortes (2).
No Brasil ocorreu a transmissão autóctone nos estados do Amapá e Bahia em 2014 (3) e hoje o Aedes aegypti pode ser localizado em 4 mil municípios, e o Aedes albopictus, em mais de 3 mil municípios (2) no país.
Causas
A transmissão do vírus CHIKV é feita pela picada de mosquito infectado. O período de incubação no corpo é entre 3 e 7 dias (1). O vírus fica presente no sangue por até dez dias, e os sintomas normalmente aparecem depois de dois dias da contaminação (1).
Sintomas
Alguns estudos mostram que até 70% das pessoas infectadas apresentam os sintomas da doença – o que é bastante representativo se comparado com outras arboviroses (1).
A doença pode evoluir em três fases: aguda, subaguda e crônica (1):
Fase aguda ou febril
Fase subaguda
Caso os sintomas persistam por mais de 3 meses, é possível que o paciente tenha desenvolvido a fase crônica da doença.
Fase crônica
Alguns pacientes podem ter a persistência dos sintomas da fase subaguda, principalmente as dores articulares. Existem alguns fatores de risco para o desenvolvimento desta fase da doença: ter acima de 45 anos, ser mulher, ter desordem muscular preexistente e maior intensidade das lesões articulares.
Pode ocorrer, também, a limitação de movimento das articulações já afetadas, além de dores na região do quadril, lombar e cervical. Além disso, existem relatos de sintomas como:
Essa fase por durar até 6 anos, em alguns casos.
Diagnóstico
A partir dos sintomas, o médico vai analisar a melhor forma de diagnosticar paciente. No entanto, existem alguns testes laboratoriais que podem confirmar a contaminação pelo vírus CHIVK. São eles (3):
Prevenção
A melhor prevenção é o controle da população dos mosquitos transmissores do vírus. Existem algumas medidas de saúde que ajudam a diminuir epidemias. São elas (3):
Tratamento
Não existe tratamento específico para a doença, normalmente a terapia utilizada é o de aliviar os sintomas, hidratação e repouso do paciente (1). No entanto, cada caso será avaliado por um médico especialista.
Em 2013, a Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS) publicou um alerta epidemiológico sobre os primeiros casos autóctones da doença (contaminação ocorrida dentro do próprio local, sem ter sido trazida de nenhum lugar ou agente), e em 2014 foram registrados mais de um milhão de casos suspeitos em países como México, El Salvador, Porto Rico, Colômbia, Brasil e outros, com 169 mortes (2).
No Brasil ocorreu a transmissão autóctone nos estados do Amapá e Bahia em 2014 (3) e hoje o Aedes aegypti pode ser localizado em 4 mil municípios, e o Aedes albopictus, em mais de 3 mil municípios (2) no país.
Causas
A transmissão do vírus CHIKV é feita pela picada de mosquito infectado. O período de incubação no corpo é entre 3 e 7 dias (1). O vírus fica presente no sangue por até dez dias, e os sintomas normalmente aparecem depois de dois dias da contaminação (1).
Sintomas
Alguns estudos mostram que até 70% das pessoas infectadas apresentam os sintomas da doença – o que é bastante representativo se comparado com outras arboviroses (1).
A doença pode evoluir em três fases: aguda, subaguda e crônica (1):
Fase aguda ou febril
- Febre de início súbito;
- Dores nas articulações;
- Dores nas costas;
- Erupções na pele;
- Dor de cabeça;
- Fadiga;
- Dor retro-ocular (atrás dos olhos);
- Calafrios;
- Conjuntivite sem secreção;
- Faringite;
- Náusea;
- Vômitos;
- Diarreia;
- Dor abdominal;
- Neurite (inflamação do nervo óptico).
Fase subaguda
- Desaparecimento da febre;
- Agravamento das dores nas articulações;
- Inflamação nos tendões do punho, mãos e tornozelos;
- Dormência / formigamento / fraqueza nas articulações;
- Astenia (perda ou diminuição da força física);
- Vermelhidão e bolhas na pele;
- Endurecimento das artérias das pernas e dos pés;
- Fadiga;
- Sintomas depressivos.
Caso os sintomas persistam por mais de 3 meses, é possível que o paciente tenha desenvolvido a fase crônica da doença.
Fase crônica
Alguns pacientes podem ter a persistência dos sintomas da fase subaguda, principalmente as dores articulares. Existem alguns fatores de risco para o desenvolvimento desta fase da doença: ter acima de 45 anos, ser mulher, ter desordem muscular preexistente e maior intensidade das lesões articulares.
Pode ocorrer, também, a limitação de movimento das articulações já afetadas, além de dores na região do quadril, lombar e cervical. Além disso, existem relatos de sintomas como:
- Fadiga;
- Cefaleia;
- Coceira na pele;
- Alopecia (perda total ou parcial de cabelo);
- Erupção cutânea;
- Bursite;
- Inflamação nos tendões;
- Disestesias (enfraquecimento ou alteração nos sentidos, principalmente no tato);
- Parestesias (sensações na pele como frio, calor, adormecimento ou pressão);
- Dor neuropática (desconforto causado por lesões no cérebro, medula, coluna ou nervos);
- Fenômeno de Raynaud (áreas dormentes e frias no corpo);
- Alterações cerebelares (espasmos, diminuição da capacidade motora, alteração no equilíbrio e descontrole muscular);
- Distúrbios do sono;
- Visão turva;
- Alterações de memória;
- Déficit de atenção;
- Alterações de humor;
- Depressão.
Essa fase por durar até 6 anos, em alguns casos.
Diagnóstico
A partir dos sintomas, o médico vai analisar a melhor forma de diagnosticar paciente. No entanto, existem alguns testes laboratoriais que podem confirmar a contaminação pelo vírus CHIVK. São eles (3):
- Cultura de vírus;
- RT-PCR;
- Pesquisa de anticorpo na Imunoglobina M;
- Imunoglobina G ou ensaio de anticorpo neutralizador mostrando títulos crescentes.
Prevenção
A melhor prevenção é o controle da população dos mosquitos transmissores do vírus. Existem algumas medidas de saúde que ajudam a diminuir epidemias. São elas (3):
- Educar as pessoas sobre os riscos da doença e as formas de contágio / disseminação da contaminação;
- Reduzir os habitats dos mosquitos: cuidado com água parada nos ambientes internos e externos;
- Colocar mosquiteiros nas camas / locais de repouso / quartos;
- Usar mangas compridas para diminuir a área de contato com o mosquito.
Tratamento
Não existe tratamento específico para a doença, normalmente a terapia utilizada é o de aliviar os sintomas, hidratação e repouso do paciente (1). No entanto, cada caso será avaliado por um médico especialista.