A hipertensão arterial sistêmica é considerada um dos principais fatores de risco para morbidade e mortalidade cardiovasculares1. Isto por que a pressão arterial aumentada tende a causar alterações funcionais e/ou estruturais no coração, cérebro, rins e vasos sanguíneos, além de alterações metabólicas que aumentam o risco de problemas cardiovasculares2.
Estas alterações, associadas à alta frequência da doença nas populações, a tornam um problema de extrema gravidade no mundo3. No Brasil, sabe-se que essa doença é responsável, direta ou indiretamente, por 19% de todas as mortes ocorridas no país e 3% de todas as internações, além de se constituir na terceira causa de afastamento do trabalho (Iogo depois das doenças mentais e tuberculose) 3.
A pressão alta está diretamente relacionada com hábitos de vida como: excesso de peso; consumo exagerado de sal, açúcar e gorduras; consumo de álcool e sedentarismo2. A prevenção primária com mudanças nos hábitos de vida e a detecção precoce são as formas mais efetivas de evitar as doenças e complicações associadas ao quadro de pressão alta2. A medida precisa da pressão arterial é condição essencial para o diagnóstico da hipertensão, pois a sua elevação é, normalmente, o primeiro sinal da doença1.
O que é Pressão Arterial? 3
A pressão que o sangue exerce sobre as paredes das artérias, dependendo da força da contração do coração, da quantidade de sangue e da resistência das paredes dos vasos é chamada de Pressão Arterial. O ponto mais alto da pressão nas artérias é chamado de pressão sistólica. O ponto mais baixo, ou a pressão que está sempre presente sobre as paredes arteriais, é chamada de pressão diastólica. A Pressão Arterial de um indivíduo varia de acordo com diversos fatores como a idade, o estado emocional, a temperatura ambiente, a posição postural (em pé, deitado, sentado), estado de vigília, ou sono e com uso de drogas (fumo, álcool, etc.).
A medida da pressão arterial é simples e o método é fácil, mas certos cuidados e recomendações devem ser levados em consideração para que se evitem erros. O instrumento utilizado para medi-la é o esfigmomanômetro, e os tipos mais usados são os de coluna de mercúrio e o ponteiro (aneróide), possuindo ambos um manguito inflável que é colocada em torno do braço do paciente. O estetoscópio é o instrumento que amplifica os sons e transmite até os ouvidos do operador.
A medida incorreta da pressão arterial pode trazer consequências graves, tanto por levar pessoas normotensas a serem tratadas sem necessidade ou, ao contrário, deixar de tratar pessoas hipertensas.
Condições do paciente2
Deixar o paciente descansar por 5 a 10 minutos. Certificar-se de que ele não está́ com a bexiga cheia, praticou atividade física há pelo menos 60 minutos, fumou, alimentou, ingeriu bebida alcoólica ou café há pelo menos 30 minutos. O ambiente deve ser tranquilo e o paciente deve ser orientado a não conversar durante o procedimento.
A medida da Pressão Arterial deve ser realizada com o paciente sentado, com o braço despido, apoiado sobre uma superfície firme e na altura do coração, com a palma da mão voltada para cima. As pernas devem estar descruzadas, pés apoiados no chão, costas apoiadas no encosto da cadeira. O paciente deve estar relaxado. A medida pode ser realizada nos dois braços, porém recomenda-se que as medidas posteriores sejam feitas sempre no mesmo braço de referência
Valores de referência, na ausência de outros fatores de risco2
Ótima < 120/80 mmHg
Normal < 130/85 mmHg
Limítrofe 130-139/85-89 mmHg
Pressão Alta > ou = 140/90mmHg
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