Dia Nacional do Controle da Infecção Hospitalar
Medidas de higiene são fundamentais para minimizar a incidência de infecções hospitalares.
A infecção hospitalar é um quadro em que o paciente adquire a infecção durante sua internação no hospital e que também pode se manifestar após a alta. Pela gravidade da situação, foi intitulado o dia 15 de maio como o Dia Nacional do Controle da Infecção Hospitalar, para conscientizar os profissionais envolvidos nesta área (como médicos, diretores e autoridades sanitárias) sobre a importância de tomar medidas para a redução máxima possível da incidência e gravidade das infecções hospitalares¹. Segundo a OMS (Organização Mundial da Saúde), são realizados 234 milhões de operações por ano em todo o mundo. Deste total, cerca de um milhão de pacientes morrem em decorrência de infecções hospitalares. No Brasil, a taxa de infecção hospitalar chega a 14%².
Os micro-organismos presentes no corpo do paciente ou no meio ambiente são os principais causadores das infecções hospitalares, que se aproveitam do organismo frágil e debilitado do enfermo para provocar a infecção. Quando internados em Unidades de Terapia Intensiva (UTIs), o risco de contraí-las é ainda maior, devido ao uso de equipamentos invasivos, como cateter e respirador (para ventilação mecânica), por exemplo, que se tornam porta de entrada de vírus e bactérias².
Transmissão
As mãos dos profissionais de saúde são consideradas o principal meio de transmissão de micro-organismo em ambiente hospitalar. Por isso, médicos e demais profissionais de saúde precisam ter atenção especial e constantemente higienizar as mãos, para evitar levar patógenos de um paciente para outro³. O mesmo vale para as visitas que o paciente receber. Todos devem higienizar suas mãos antes e após tocar o paciente ou qualquer outra superfície hospitalar.
Outro meio de contaminação pode se dar através das flores e plantas que chegam ao quarto dos pacientes. Por isso, devem evitar levá-las ao hospital. As plantas e flores podem levar insetos e esporos fúngicos para dentro do ambiente hospitalar. Esses esporos fúngicos (estruturas pequenas, com capacidade de gerar um novo indivíduo e que, por serem leves e pequenos, podem permanecer no ar por longos períodos e se deslocar por grandes distâncias4), se inalados por pacientes imunossuprimidos, podem causar sérias doenças pulmonares nesses pacientes, com risco elevado de óbito¹.
Prevenção³
Higienize as mãos sempre! Isso vale tanto para os profissionais envolvidos no ambiente hospitalar quanto para visitas e os próprios pacientes. Lavar as mãos com água e sabão é o método mais eficaz de evitar a infecção hospitalar. Quando não for possível usá-los, higienize com álcool 70% (que pode ser em gel). Outras sugestões para prevenir as infecções hospitalares são:
- Retire anéis, pulseiras e relógios quando for higienizar as mãos ou mesmo ter contato com o paciente;
- Mantenha unhas curtas e limpas;
- Se for visitar um paciente, não leve nenhum tipo de alimento sem conhecimento prévio do médico ou nutricionista;
- Nunca sente na cama do paciente;
- Siga as regras e orientações estabelecidas pela unidade hospitalar para visitas. Pode ser necessário o uso de avental e tocas;
- Evite levar crianças para as visitas ao hospital.
Como lavar as mãos corretamente:
Fontes: 1. 15/5 – Dia Nacional do Controle das Infecções Hospitalares – Biblioteca Virtual em Saúde. Ministério da Saúde Brasil. Último acesso em 10 de maio de 2021. 2. Medidas simples podem evitar infecção hospitalar – Blog da Saúde Ministério da Saúde Brasil. Último acesso em 10 de maio de 2021. 3. Módulo 1. Legislação e criação de um Programa de Prevenção e controle de infecção hospitalar - Anvisa. Último acesso em 10 de maio de 2021. 4. Esporos – Toda Matéria. Último acesso em 10 de maio de 2021.