Diabetes: sintomas e formas de tratamento
Saiba como a doença se desenvolve
Existem atualmente, no Brasil, mais de 13 milhões de pessoas com diabetes e isso representa 6,9% da população nacional (1). A melhor forma de prevenção é praticar atividades físicas regularmente, manter uma alimentação saudável e evitar consumo de álcool, tabaco e outras drogas. Isso não só para prevenir a diabetes, mas também outras patologias. Normalmente, a diabetes se manifesta em adultos, porém crianças também podem apresentá-la (1).
Conheça mais abaixo os tipos, sintomas, fatores de risco e possíveis formas de tratamento da condição.
Tipos, causas e tratamento
Tipo 1
O tipo 1 aparece geralmente na infância ou adolescência, mas pode ser descoberto em adultos também (1).
Pessoas com parentes próximos que têm ou já tiveram a doença devem se manter atentos e fazer exames regularmente para acompanhar a glicose no sangue. (1)
Como tratar o tipo 1?
O diabetes mellitus tipo 1 (DM1) apresenta uma destruição das células beta do pâncreas em geral de origem autoimune. Com isso, há uma deficiência grave de insulina, sendo o que o tratamento consiste na necessidade de insulinoterapia plena. (3)
Tipo 2
O tipo 2 ocorre quando o corpo não aproveita adequadamente a insulina produzida e a causa está diretamente relacionada ao sobrepeso, sedentarismo, triglicerídeos elevados, hipertensão, e hábitos alimentares inadequados (1).
Cerca de 90% das pessoas com diabetes têm o tipo 2 e ela se manifesta, frequentemente, em adultos. Dependendo da gravidade, pode ser controlada por atividade física e planejamento alimentar (2). ]
Como tratar o tipo 2?
O tratamento consiste em mudança do estilo de vida (atividade física e dieta) associada a medicações que ajudam a controlar a glicemia e, em alguns casos, insulina. (1,2)
Diabetes Latente Autoimune do Adulto (LADA)
Se caracteriza pelo desenvolvimento de um processo autoimune do organismo, que começa a atacar as células do pâncreas em indivíduos adultos (1).
Pré-diabetes
Acontece quando os níveis de glicose no sangue estão mais altos do que o normal, mas ainda não estão altos o suficiente para ser considerado um Diabetes tipo 1 ou tipo 2 (1). Serve como um sinal de alerta do corpo, que normalmente aparece em obesos, hipertensos e/ou pessoas com alterações nos lipídios (1).
50% dos pacientes que têm o diagnóstico de pré-diabetes, mesmo com as devidas orientações médicas, desenvolvem a doença, por isso que, para tratar, a mudança de hábito alimentar e a prática de exercícios são importantes para o controle (2).
Diabetes gestacional
O Diabetes Gestacional (DMG) é uma intolerância aos carboidratos de gravidade variável, que se inicia durante a gestação, porém não preenche critérios diagnósticos de diabetes fora da gestação. Em geral afeta 3-25% das mulheres. (4)
O diagnóstico é feito com o Teste de Tolerância Oral à Glicose com 75gramas de glicose anidra durante os exames de pré-natal. (4)
Entre os fatores de risco destacam-se: idade materna avançada, sobrepeso e obesidade, ganho de peso excessivo na gravidez atual, história de DMG prévio e história familiar de diabetes em parentes de primeiro grau. (4)
O DMG pode acarretar complicações maternas e fetais perinatais bem como aumentar o risco de desenvolver diabetes futuramente tanto para mãe como para a bebê. (4)
Sintomas
A doença pode se manifestar de diversas formas. Reconhecendo alguns dos sintomas abaixo, é essencial que o paciente procure atendimento médico especializado (2).
Os principais são: fome e sede excessiva e vontade de urinar várias vezes ao dia (1).
Tipo 1 (1,2):
- Fome frequente;
- Sede constante;
- Vontade de urinar diversas vezes ao dia;
- Perda de peso;
- Fraqueza;
- Fadiga;
- Mudanças de humor;
- Náusea e vômito.
Tipo 2 (1,2):
- Fome frequente;
- Sede constante;
- Formigamento nos pés e mãos;
- Vontade de urinar diversas vezes;
- Infecções frequentes na bexiga, rins, pele e infecções de pele;
- Feridas que demoram para cicatrizar;
- Visão embaçada.
Fatores de risco
Existem algumas causas genéticas que podem contribuir com o desenvolvimento do diabetes, sendo (1):
- Diagnóstico de pré-diabetes;
- Pressão alta;
- Colesterol alto ou alterações na taxa de triglicérides no sangue;
- Sobrepeso, principalmente se a gordura estiver concentrada em volta da cintura;
- Pais, irmãos ou parentes próximos com diabetes;
- Doenças renais crônicas;
- Mulher que deu à luz criança com mais de 4kg;
- Diabetes gestacional;
- Síndrome de ovários policísticos;
- Diagnóstico de distúrbios psiquiátricos - esquizofrenia, depressão, transtorno bipolar;
- Apneia do sono;
- Uso de medicamentos da classe dos glicocorticoides.
Lembre-se sempre de buscar ajuda médica caso note algum sintoma.
Referências: 1. Diabetes (diabetes mellitus). Ministério da Saúde. Último acesso: 06 de Julho de 2023. 2. DIABETES. Sociedade Brasileira de Diabetes. Último acesso: 07 de Julho de 2023. 3. Ref -Rodacki M, Teles M, Gabbay M, Montenegro R, Bertoluci M. Classificação do diabetes. Diretriz Oficial da Sociedade Brasileira de Diabetes (2022). DOI: 10.29327/557753.2022-1, ISBN: 978-65-5941-622-6.) 4. Ref: Zajdenverg L, Façanha C, Dualib P, Golbert A, Moisés E, Calderon I, Mattar R, Francisco R, Negrato C, Bertoluci M. Rastreamento e diagnóstico da hiperglicemia na gestação. Diretriz Oficial da Sociedade Brasileira de Diabetes (2022). DOI: 10.29327/557753.2022-11, ISBN: 978-65-5941-622-6.)