Câncer de útero
Conheça os dois tipos que podem se desenvolver nesta região
Existem dois tipos de câncer que podem se desenvolver no corpo do útero, órgão muscular feminino onde o feto se desenvolve: o câncer de endométrio (revestimento interno do útero) e o sarcoma uterino, mais raro e cuja origem se dá na musculatura e no tecido que sustenta o órgão. O câncer de útero pode acometer mulheres de qualquer faixa etária, porém, é mais predominante nas que já entraram na menopausa¹,². Conheça mais sobre o câncer de colo de útero neste texto aqui.
O sintoma mais comum do câncer de útero é o sangramento fora do período menstrual, ou seja, entre os ciclos, menstruação mais intensa que o normal ou sangramento em quem já está na menopausa. Ao notar esse sintoma, a mulher deve procurar pelo seu médico ginecologista. Exames de imagens podem ser feitos para diagnosticar o câncer de útero, como a histeroscopia (que visualiza o útero por meio de uma câmera colocada dentro do útero, através da vagina), ultrassom transvaginal ou por meio da biópsia do endométrio. A partir da confirmação do caso, o médico direciona os próximos passos, como avaliar se o tumor está restrito ao órgão ou se espalhou para outros (o que eles chamam de estadiamento de doença), através de exames complementares de imagem e cirurgia, e programa o tratamento¹,².
O câncer de útero, se diagnosticado no começo, tem maior chances de cura. Por isso, a consulta com o ginecologista, mesmo sem os sintomas, seguido da realização dos exames anuais de rotina, podem ajudar a detectá-lo logo no início. Também é importante procurar ajuda médica em caso de dor pélvica, perda de peso e apetite e cansaço. Estes podem ou não ser sinais do câncer, mas devem ser investigados².
Tratamento do câncer de útero
O médico vai levar em consideração alguns fatores para definir qual a melhor terapia. Além da idade da paciente e do estadiamento da doença, ele avaliará se existem outras comorbidades. No caso do câncer de endométrio, a paciente poderá fazer quimioterapia, radioterapia (que pode ser externa ou interna, quando a radiação é aplicada dentro da vagina) e/ou cirurgia para remover o câncer. A cirurgia costuma ser o mais recomendado neste caso, retirando, além do útero, os ovários e as trompas. O tratamento complementar com quimio ou radio pode ser necessário². Em caso de ser diagnosticado o sarcoma uterino, além dos tratamentos já citados, uma outra opção a ser definida pelo médico pode ser a terapia hormonal³.
Fatores de risco²Além da idade (mulheres acima de 50 anos) e a predisposição genética, existem alguns fatores para o desenvolvimento de câncer de útero, como:
- Crescimento endometrial (hiperplasia)
- Diabetes mellitus
- Dietas com elevada carga glicêmica
- Gordura corporal em excesso
- Menopausa tardia
- Não ovular
- Não ter engravidado (nuliparidade)
- Radiação anterior realizada no tratamento de tumor no ovário
- Reposição hormonal com estrogênio (hormônio feminino) ao entrar na menopausa
- Síndrome do ovário policístico (saiba mais no artigo “ovário policístico”) ou síndrome de Lynch.
Prevenção¹,²
Evitar e tratar os fatores de risco, quando possível, e tomar alguns cuidados, podem diminuir as chances de desenvolver o câncer de útero. Se você possuir uma predisposição genética, ter hábitos saudáveis, manter o peso corporal com uma boa alimentação e praticar atividades física, além de engravidar, podem ajudar na prevenção.
Fontes: 1. Uterine Cancer. Patient Version. cancer.gov (USA). Último acesso em 19 de março de 2021. 2. Câncer do corpo do útero. INCA. Último acesso no dia 19 de março de 2021. 3. Uterine Sarcoma Treatment (PDQ®)–Patient Version. cancer.gov (USA). Último acesso no dia 19 de março de 2021.