Epilepsia: tratamento existe, saiba qual
No Dia da Conscientização sobre Epilepsia, saiba o que é a doença e como tratá-la
Dia 26 de março é marcado pela Conscientização sobre Epilepsia. A campanha faz parte do Março Roxo, que chama atenção para a importância de um diagnóstico e tratamento adequados.¹ Mas afinal, o que é a epilepsia?
A epilepsia é uma doença que cursa com crises epilépticas espontâneas e recorrentes. Durante as crises, ocorrem descargas elétricas anormais de neurônios. Assim, durante segundos a minutos os pacientes podem apresentar uma ampla variedade de sintomas e sinais clínicos, como perda da consciência, movimentos involuntários do corpo, alterações sensitivas, etc.¹
Causas e sintomas²
A epilepsia pode apresentar diversas causas. Em crianças, por exemplo, a falta de oxigenação no cérebro durante o parto, chamada de anóxia neonatal, pode ser causadora da enfermidade. Alterações metabólicas ou genéticas, desde o nascimento, também contribuem para o aparecimento do quadro. Já em idosos, doenças cerebrovasculares, como o acidente vascular cerebral (AVC), e tumores cerebrais são os principais motivos.
Alguns dos tipos de crises possíveis são:
- crises convulsivas (perda da consciência, movimentos anormais, ato de morder a língua, salivação excessiva, descontrole de urina e fezes);
- crises focais (com alteração ou não da consciência, movimentos anormais, alterações da sensibilidade, etc.);
- crises de ausência (alteração transitória da consciência, breves movimentos automáticos faciais, comprometimento da atenção e baixo desempenho escolar);
- crises atônicas (súbita perda do tônus muscular e queda);
Diagnóstico³
O diagnóstico é geralmente feito quando o paciente apresenta, ao menos, 2 crises epilépticas não provocadas (espontâneas) separadas por tempo superior a 24 horas, ou quando o paciente apresenta, ao menos, 1 crise epiléptica espontânea mais um fator de risco (como alterações em exames). Portanto, quando houver suspeita, é necessária a avaliação de um especialista (como neurologista ou neuropediatra) e, também, realização de exames, como eletroencefalograma, tomografia de crânio, ressonância magnética do cérebro, dentre outros.
Tratamento e o que fazer em casos de crise¹
No SUS (Sistema Único de Saúde), o tratamento é gratuito e integral, incluindo medicamentos que reduzem o risco de ocorrência das crises. Pacientes que possuem crises epilépticas incontroláveis devem ser encaminhados para centros especializados em epilepsia, para investigação e aplicação de outras possíveis intervenções, inclusive cirúrgicas, quando indicadas. O acompanhamento clínico inclui consultas, exames, diagnóstico e tratamento especializado.
Se estiver em um ambiente no qual presencie uma crise convulsiva, siga os passos a seguir:
- Mantenha-se calmo;
- Evite que o paciente sofra quedas bruscas;
- Deixe o paciente em local seguro e com a cabeça em algo macio;
- Não impeça os movimentos de debate;
- Incline a cabeça do paciente para o lado, para evitar engasgos;
- Não dê tapas, nem jogue água na pessoa;
- Ao final da crise, oferte repouso para o paciente e oriente-o quando possível.
Prevenção²
Como epilepsia apresenta múltiplas causas, a prevenção pode ser desafiadora. Mas, pode-se mencionar um pré-natal de qualidade e um parto com adequada assistência, no caso da prevenção de causas neonatais de epilepsia; ou, o controle de comorbidades comuns, como hipertensão arterial sistêmica e diabetes mellitus, para prevenir doenças cerebrovasculares e suas possíveis complicações, como a epilepsia; e assim por diante.
Referências
1. GOV.br-https://www.gov.br/saude/pt-br/assuntos/noticias/2022/marco/epilepsia-conheca-a-doenca-e-os-tratamentos-disponiveis-no sus#:~:text=O%20tratamento%20das%20epilepsias%20%C3%A9,s%C3%A3o%20candidatos%20%C3%A0%20interven%C3%A7%C3%A3o%20cir%C3%BArgica. - acesso em 13 de fevereiro de 2025.
2. Hospital Israelita Albert Einstein - https://www.einstein.br/n/glossario-de-saude/epilepsia - acesso em 13 de fevereiro de 2025.
3. Secretaria de Saúde do Ceará - https://www.saude.ce.gov.br/2023/02/13/epilepsia-sem-preconceito-os-cuidados-com-pacientes-nas-fases-infantil-e-adulta/ - acesso em 13 de fevereiro de 2025.