Não é comum a doença de Parkinson atingir pessoas com menos de 50 anos, mas em um pequeno grupo de pacientes, a doença pode se manifestar mais cedo (1). 

A doença de Parkinson pode ser diagnosticada em pessoas com menos de 40 anos, e as estimativas atuais referem o diagnóstico em 2%, para cada 1 milhão de pessoas, antes dos 40 anos (1). 

Neste artigo, vamos mostrar que jovens adultos também podem ser acometidos com a condição, porém podem criar esperanças, otimismo e força para lidar com os impactos da doença. 

O que há de diferente na descoberta do Parkinson jovem 

A idade do diagnóstico é importante por vários motivos: desde as causas prováveis ​​nos casos iniciais até a avaliação dos sintomas e proposta de tratamento no seguimento (1): 

• Genética: a causa exata geralmente é desconhecida, porém os casos de início precoce da doença de Parkinson são, em geral, um pouco mais propensos de serem familiares ou genéticos;
• Sintomas: em muitos pacientes, a rigidez ou cãibras em um músculo ou membro é um sintoma precoce. Além disso, alguns pacientes relatam mais movimentos involuntários do corpo e apresentam problemas cognitivos, como demência e problemas de memória, esses com menos frequência;
• Progressão: pacientes jovens com Parkinson parecem ter uma progressão mais lenta da doença ao longo do tempo;  
  Tratamento: a maioria dos pacientes com Parkinson toma o medicamento levodopa. No entanto, outros fármacos, como inibidores da monoamina oxidade (IMAOs), anticolinérgicos, amantadina e agonistas dos receptores de dopamina, podem ser usados ​​antes da levodopa. 

O lado positivo de um diagnóstico precoce 

Pacientes que descobrem mais cedo o diagnóstico de Parkinson podem ser os melhores candidatos para procedimentos cirúrgicos e inovações médicas que estão sendo descobertas, para tratar a doença (1).  

Pacientes mais jovens têm menos probabilidade de lidar com outros problemas de saúde ao mesmo tempo (1). 

Opções de tratamento 

Para atrasar potencialmente a discinesia, os jovens podem optar por adiar o início da medicação ou começar com drogas de Parkinson diferentes da levodopa, especialmente se os sintomas forem leves e não interferirem no trabalho, nas atividades físicas ou sociais (2).  

Algumas opções podem ser (2): 

• Começar com um inibidor da monoamina oxidade (IMAOs);  
• Amantadina;  
• Um agonista da dopamina;  
• Ou, quando o tremor é particularmente proeminente, uma droga anticolinérgica. 

Vale lembrar que tudo depende de como o médico responsável irá conduzir o tratamento clínico, as terapias complementares, e qual será a melhor via para o controle e acompanhamento da doença.  

Scrolling Therapy, um importante aliado  

A Eurofarma, juntamente com a agência criativa Dentsu Creative, criou uma ferramenta experimental de reconhecimento da expressão facial, alimentada por inteligência artificial, que permite aos pacientes com doença de Parkinson controlar seu envolvimento nas redes sociais usando expressões faciais (3). 

A ferramenta digital é inovadora e pode auxiliar os pacientes a realizarem exercícios faciais por meio das redes sociais, controlando os comandos no dispositivo por meio de gestos (3). 

O “Scrolling Therapy” é integrado às plataformas do Facebook e Instagram, e incentiva os pacientes a navegar pelo feed usando expressões faciais, como sorrisos, movimentos de boca, nariz, testa, sobrancelhas, entre outros (3). 

Dessa forma, o paciente pode gerar estímulos no rosto e exercitar os músculos, como terapia complementar aos tratamentos focados na condição, já em uso (3).  

A ferramenta Scrolling Therapy está disponível gratuita e globalmente no Google Play e Apple App Store e pode ser baixada em três idiomas: inglês, português e espanhol. 

Referências: 1.  Young-Onset Parkinson's Disease. Hopkins Hospital. Último acesso: 23 de junho de 2023. 2. Young-Onset Parkinson's Disease. Michael J. Fox Fundation. Último acesso: 23 de junho de 2023. 3.  Eurofarma lança ferramenta digital inovadora para pacientes com Parkinson. Eurofarma. Último acesso: 23 de junho de 2023.