Doença de Parkinson (DP), descrita por James Parkinson em 1817, é uma das doenças neurológicas mais comuns e intrigantes dos dias de hoje¹. Tem distribuição universal e atinge todos os grupos étnicos e classes socioeconômicas¹. Sua incidência e ocorrência aumentam com a idade¹.
A DP é uma doença degenerativa cujas alterações motoras decorrem principalmente da morte de neurônios do Sistema Nervoso Central presentes em diversas partes do cérebro, principalmente a região da substância nigra, do tronco cerebral (do núcleo motor dorsal do vago), córtex cerebral e mesmo neurônios periféricos¹. Estes neurônios são responsáveis, entre outros aspectos, do controle motor¹. Suas principais manifestações incluem tremor de repouso, bradicinesia (lentidão dos movimentos voluntários), rigidez com roda denteada e anormalidades posturais¹.
A presença de processo degenerativo pode explicar uma série de sintomas e sinais não motores, tais como alterações do olfato, distúrbios do sono, hipotensão postural, constipação, mudanças emocionais, depressão, ansiedade, sintomas psicóticos, prejuízos cognitivos e demência, dentre outros¹. Por ser uma doença progressiva, que usualmente acarreta incapacidade grave após 10 a 15 anos, tem elevado impacto social e financeiro, particularmente na população mais idosa¹.
A evolução da doença, a gravidade e a progressão dos sintomas variam enormemente de um paciente para outro¹. Não se dispõe, até o momento, de teste diagnóstico para a doença. Embora neurologistas geralmente concordem que o diagnóstico da DP requer a identificação de alguma combinação dos sinais motores cardinais citados acima, uma classificação clínica padrão ainda não foi obtida¹.
A doença de Parkinson (DP) é a segunda enfermidade neurodegenerativa mais frequente das desordens de movimento, acometendo o sistema nervoso central². Os sinais e sintomas característicos da DP suscitam a convivência com situações novas a cada dia². A instabilidade da doença e o fato de sabê-la ser incurável constituem uma realidade difícil a ser enfrentada para o resto da vida, acompanhando os indivíduos em suas relações e em seu cotidiano². Outro aspecto pertinente da DP diz respeito à individualidade das pessoas com a doença, pois os significados dos diferentes sintomas motores e não motores influenciam de forma específica cada indivíduo². Sintomas motores³
Dois tipos de tremores podem ser encontrados na DP: repouso e postural. O tremor de repouso afeta principalmente os membros superiores. Embora infrequente, o aparecimento isolado do tremor postural na DP o torna indistinguível do tremor essencial. Em alguns pacientes, o tremor pode estar ausente.
A bradicinesia - lentidão dos movimentos voluntários - é responsável por uma série de sintomas, tais como: ausência da expressão facial, diminuição da frequência do pestanejar, dificuldade de articular palavras, períodos de injustificadas pausas no ato de falar e redução da movimentação dos membros superiores durante a marcha.
Sintomas sensitivos³
Entre os sensitivos, sabe-se que, aproximadamente, 40% dos pacientes se apresentam com dor e dormência, local ou generalizada.
Sintomas psiquiátricos³
Os principais sintomas associados à depressão na DP preenchem o mesmo quadro clínico da depressão em geral, ou seja, diminuição do humor, desinteresse pelas atividades prazerosas, pensamentos pessimistas, exacerbação da culpabilidade, letargia, distúrbios do sono, perda do apetite, emagrecimento, ansiedade e ideação suicida.
Os distúrbios do sono são frequentes na DP, estando entre estes: insônia, ataques do tipo narcolepsia durante o dia, sonhos atípicos e alterações funcionais do sono REM (Rapid Eye Movement). Os distúrbios do sono REM podem também anteceder em anos ao aparecimento dos sintomas motores.
O acompanhamento clínico de parkinsonianos demonstra que a perda cognitiva leve é um sintoma constante, que ocorre desde os primeiros anos da doença. Assim sendo, a tendência é a de evolução lenta para a demência. Os sintomas psicóticos na DP podem ocorrer como comorbidade, mas podem estar associados ao próprio tratamento antiparkinsoniano. A perda cognitiva e o aparecimento de depressão são fatores de risco para as alucinações, quase sempre visuais.
Outros sintomas³
A hiposmia (baixa sensibilidade do olfato) e a dermatite seborreica (inflamação na pele que causa principalmente descamação e vermelhidão) podem se apresentar antes dos sintomas motores.
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