Perder massa muscular por decorrência do processo de envelhecimento de um ser humano é comum. Sarcopenia é definida como diminuição global e progressiva da força e da massa muscular, e que pode levar a diminuição da qualidade de vida na terceira idade. Atinge, aproximadamente, de 5 a 13% das pessoas com mais de 60 anos e até 50% de quem tem mais de 80 anos. No Brasil, a sarcopenia ocorre com mais frequência em mulheres, principalmente após a menopausa (20% contra 12% nos homens)¹. 

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A Organização Mundial de Saúde (OMS) não considera a sarcopenia como uma doença e sim, uma condição que se enquadra nas síndromes geriátricas - que são condições clínicas que não se encaixam na categoria de doença (delírios, quedas e incontinências também fazem parte dessa atribuição), que acometem pessoas de mais idade, e que são passíveis de identificação e tratamento¹.

Existem três tipos de sarcopenia. São eles: a pré-sarcopenia, quando o indivíduo nota a perda de massa muscular; a sarcopenia, quando esta perda de massa vem acompanhada da diminuição de força e de performance muscular; e a sarcopenia grave, quando existe a perda das três condições mencionadas anteriormente¹,². 

A diminuição da quantidade de músculos é responsável pelo surgimento de dificuldades para executar tarefas simples do dia a dia, como caminhar, sentar e levantar e também pela diminuição da aptidão física e da força e a perda de equilíbrio, aumentando o risco de quedas e, consequentemente, fraturas². A queda é uma das cinco principais causas de lesão e fratura em idosos e considerada a principal causa de morte acidental. Estima-se que 30% deles caiam, pelo menos uma vez ao ano, sendo a mulher mais suscetível a queda do que o homem, por geralmente, possuir menos massa muscular¹. 

Causas

Durante o processo de envelhecimento, em uma situação considerada normal, um indivíduo chega a perder em torno de 1% de massa muscular, a partir da terceira década de vida. Entretanto, fatores como falta de exercícios físicos ou o sedentarismo, alterações neurológias e hormonais, que podem ou não estarem relacionadas com a idade, além dos aspectos nutricionais podem provocar uma aceleração no processo dessa perda¹. 

Prevenção

A prática regular de atividades físicas para as pessoas idosas é muito indicada, pois os benefícios como ganho de força, manutenção da massa muscular e melhoras no desempenho funcional são importantes para prevenir a perda de massa muscular. Exercícios direcionados ao equilíbrio e as capacidades coordenativas são ainda mais recomendados¹. É interessante que o idoso também realize um acompanhamento nutricional, observando se está consumindo as proteínas adequadas e se o corpo está absorvendo-as corretamente².

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Além disso, o médico poderá recomendar o uso de suplementos alimentares que contribuem para a manutenção da massa muscular.

Fontes: 1. GADELHA A.B, Associação entre estágios da sarcopenia, risco de quedas, equilíbrio estativos e incidências de quedas em mulheres idosas. Universidade de Brasília. Último acesso em 27 de outubro de 2021. 2. SILVA. T.G.B., Prevalência de Sarcopenia em Idosos Não-Institucionalizados de uma Cidade Brasileira de Médio Porte. Universidade Federal de Pelotas. Último acesso em 27 de outubro de 2021. 3. Prevalência de sarcopenia em idosos: resultados de estudos transversais amplos em diferentes países. Scielo. Último acesso em 02 de novembro de 2021.