Redes Sociais x Saúde Mental
Como as redes sociais podem ser um fator importante para impactar a saúde mental do usuário
Os problemas de saúde mentais e comportamentais são caracterizados por alterações de pensamento, comportamento ou humor, juntamente com a angústia ou deterioração do funcionamento psíquico global. De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), pelo menos 350 milhões de pessoas no mundo vivem com depressão. (1)
Com isso, o uso das redes sociais se tornou um hábito de interação social em diferentes populações. O aumento no tempo dispensado fazendo o uso das redes sociais se relaciona ao sentimento de isolamento que, após a pandemia da covid-19, se tornou maior e contribuiu para o desenvolvimento de transtornos mentais (3).
O que os dados falam
De acordo com o IBGE, 70% da população brasileira tem acesso à internet, além disso, o Brasil é o segundo país que mais ocupa tempo online - em média - 9 horas e 29 minutos por dia, sendo que 40% (3 horas e 34 minutos) é dedicado às redes sociais. (1)
Saúde mental x Redes Sociais
Os tipos de conteúdo publicados e consumidos pelos usuários são o que tornam ainda mais impactante para influenciar a saúde mental. Muitas publicações reforçam o narcisismo, padrões de vida, consumo e status, contribuindo com o aumento de diversos transtornos psiquiátricos, como: depressão, ansiedade e baixa autoestima. (1)
Os efeitos do consumo descontrolado de redes sociais não devem se limitar somente ao gasto de um tempo que poderia ser dedicado a outras tarefas. Por isso que, com o vício, os usuários podem ter prejuízos emocionais e significativos (6).
A relação entre redes sociais e saúde mental pode aumentar os seguintes problemas (6):
- Impulsividade;
- Ansiedade excessiva;
- Transtornos de humor;
- Consumo de substâncias;
- Hostilidade e comportamento agressivo;
- Transtorno de déficit de atenção e hiperatividade;
- Solidão, baixa autoestima e tendência a atitudes suicidas.
Outro método que faz com que a saúde mental seja fragilizada nas redes sociais é o cyberbullying. O anonimato e a falta de privacidade e segurança ajudam na disseminação da violência e afeta a saúde mental do indivíduo. (1)
Tratamento
Na tentativa de melhorar os possíveis impactos na saúde mental de seus usuários, algumas redes sociais têm se esforçado e criado barreiras e estratégias para prevenir problemas (1).
O aplicativo “Instagram” retirou a visualização dos números de curtidas e o objetivo principal é diminuir a ansiedade e melhorar a autoestima de seus usuários, tornando o conteúdo mais leve. (1)
Além disso, outro recurso que a plataforma integrou em suas atividades é que, quando hashtags como "ansiedade" ou "depressão" são exibidas, uma mensagem oferecendo ajuda e auxílio de uma rede especializada em oferecer apoio emocional gratuito e em sigilo aparece para o usuário (1).
Outros itens importantes para quando é decidido realizar o tratamento são (3,4,5):
- Necessidade de psicólogos e outros profissionais de saúde na identificação e tratamento adequados de traumas causados pelo uso abusivo da internet, buscando sensibilizar o paciente sobre o seu problema;
- Grupos de apoio on-line e terapias familiares podem fornecer orientação útil para os pais, incluindo conselhos sobre monitoramento de comportamentos na Internet e assistência para crianças (3);
- A base do tratamento da depressão são as intervenções farmacológicas e psicológicas;
Existem grupos de auxílio que abordam temas importantes para que os participantes percebam que a internet se tornou um meio alternativo de obter certas coisas que eles não conseguem na vida real.
Caso esteja com algum sintoma de tristeza, raiva, pensamentos ruins ou se sinta exausto (a), a recomendação é procurar um terapeuta, psicólogo ou psiquiatra para receber ajuda, tornando sua vida muito mais leve. (2)
Este material tem caráter meramente informativo. Não deve ser utilizado para realizar autodiagnóstico ou automedicação. Em caso de dúvidas, consulte sempre seu médico.
Referências: 1. Como as mídias sociais influenciam na saúde mental?. SCielo. Último acesso em 27 de abril de 2023. 2. Como a terapia pode ajudar no tratamento psiquiátrico. Albert Einstein. Último acesso em 18 de maio de 2023. 3. Gjoneska B, Potenza MN, Jones J, Corazza O, Hall N, Sales CMD, Grünblatt E, Martinotti G, Burkauskas J, Werling AM, Walitza S, Zohar J, Menchón JM, Király O, Chamberlain SR, Fineberg NA, Demetrovics Z. Problematic use of the internet during the COVID-19 pandemic: Good practices and mental health recommendations. Compr Psychiatry. 2022 Jan; 112:152279. Último acesso em 18 de maio de 2023 4. BARROS, BP et al. O USO EXCESSIVO DA INTERNET POR JOVENS E SEUS DANOS BIOPSICOSSOCIAIS: REVISÃO DA LITERATURA. Revista Saúde, v. 13, 2019. Último acesso em 18 de maio de 2023. 5. Schuch FB, Stubbs B. The Role of Exercise in Preventing and Treating Depression. Curr Sports Med Rep. 2019 Aug;18(8):299-304. Último acesso em 18 de maio de 2023. 6. O Uso de Internet e Redes Sociais e a Relação com Indícios de Ansiedade e Depressão em Estudantes de Medicina. Scielo/USP. Último acesso em 19 de maio de 2023.