A epilepsia é um distúrbio neurológico que provoca alteração temporária no funcionamento do cérebro que, por algum tempo, faz com que uma parte dele emita sinais incorretos. Se acontecer em apenas um local do cérebro, a crise de epilepsia é chamada de parcial. Se envolver os dois hemisférios cerebrais, esta crise de epilepsia é chamada de crise generalizada¹. 

Ainda não se sabe a causa da epilepsia, mas ela pode ter origem de ferimentos sofridos na cabeça - que podem ser recentes ou não, traumas no bebê durante o parto, tumores ou outra doença neurológica, além do abuso de bebidas alcoólicas e o uso de drogas. É importante ressaltar que a epilepsia tem tratamento e a pessoa que procura ajuda profissional leva uma vida normal. A terapia é feita com medicamentos antiepilépticos, eficazes em evitar as descargas elétricas cerebrais, prevenindo os sintomas na maioria dos casos; alguns pacientes precisarão de medicamentos anticonvulsivantes por toda a vida; por fim, alguns pacientes terão uma epilepsia de difícil controle, precisando de associação de anticonvulsivantes (mais de um medicamento ao mesmo tempo) ou raramente necessitando de tratamento cirúrgico¹,³.

Sintomas¹

Nem todas as pessoas diagnosticadas com epilepsia têm os mesmos sintomas, assim, vamos listar os sinais mais comuns:

• Nas chamadas crises de ausência, a pessoa se desliga por um momento, mas retorna a si na sequência;
• Durante as crises parciais simples, a pessoa pode sentir sensações estranhas, como falta de controle sobre os movimentos do corpo e percepção distorcida da realidade (como desconforto no estômago, audição deturpada ou medo sem razão). Em caso de perda de consciência, ela é caracterizada como uma crise parcial complexa;
• Já as crises tônico-clônicas tendem a ser mais perigosas, pois a pessoa perde a consciência, cai, fica com o corpo rígido e, na sequência, as extremidades tremem e se contraem. Se ultrapassar mais de 30 minutos, procure ajuda médica imediatamente.

Epilepsia x Convulsão²

A convulsão é caracterizada pela contração muscular excessiva ou anormal e é apenas um tipo de ataque epilético. Quando a convulsão é do tipo mais intenso, a pessoa perde o sentido e se debate e, em alguns casos, morde a língua e chega a urinar. Quando ela tem uma intensidade mais fraca, a pessoa sente formigamento, breves desligamentos ou contrações em apenas alguns músculos. 

Uma pessoa é diagnosticada com epilepsia quando ela apresente várias crises epilépticas (convulsivas ou não). 

O que fazer durante uma crise?¹,³

Não existe a necessidade de procurar ajuda médica imediata se a crise durar até 5 minutos e a pessoa já ter o diagnóstico de epilepsia. Neste caso, tome os seguintes cuidados:

• Acomode-a, colocando um travesseiro sob sua cabeça, se possível;
• Retire de perto objetos que possam machucar;
• Afrouxe as roupas (gravatas, botões, relógios e pulseiras); 
• Levante o queixo para facilitar a passagem de ar;
• Se a pessoa estiver babando, deixe-a deitada, mas com a cabeça de lado, para que ela não sufoque com a própria saliva;
• Não a segure; 
• Não dê tapinhas e nem jogue água;
• Aguarde até o episódio passar; 
• Após a crise, acalme-a e a leve para casa, se necessário, pois ela pode apresentar certa confusão mental;
• Grávidas e diabéticos precisam de atenção especial.

Fontes: 1. O que é Epilepsia – Liga Brasileira de Epilepsia. Último acesso em 09 de março de 2021. 2. Mitos e Verdades de Epilepsia – Liga Brasileira de Epilepsia. Último acesso em 09 de março de 2021. 3. Epilepsia – Bibliotca Virtual em Saúde. Último acesso em 09 de março de 2021.