Sífilis: conheça mais sobre a doença 

Descubra quais as formas de tratamento e cura da IST  

Publicado em: 31 de julho de 2023  e atualizado em: 31 de julho de 2023
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A sífilis é uma doença que atinge muitas pessoas e, com isso, se torna um problema importante de saúde pública. Segundo o Ministério da Saúde, em 2021 foram registrados no Brasil mais de 167 mil novos casos de sífilis adquirida e 74 mil casos em gestantes.  
 
Nesse mesmo estudo, no mesmo ano, outras 27 mil ocorrências de sífilis congênita foram diagnosticadas, além de 192 óbitos por esse tipo. Para se ter ideia, até junho de 2022 já haviam sido constatados 79,5 mil casos de sífilis adquirida, 31 mil registros em gestantes e 12 mil ocorrências de sífilis congênita no país, totalizando mais de 122 mil novos casos da condição. 
 
Para te atualizar e te ajudar em eventuais dúvidas, vamos explicar o que é a doença, como prevenir, tratar, diagnóstico e sintomas. 
 
O que é 
 
A sifilis é uma Infecção Sexualmente Transmissível (IST) curável e exclusiva do ser humano. Pode apresentar manifestar vários sintomas e em diferentes estágios (primária, secundária, latente e terciária).  
 
Causada pela bactéria Treponema pallidum, nos primeiros estágios, primário e secundário, a possibilidade de transmissão é maior. A sífilis pode ser transmitida por relação sexual sem camisinha com uma pessoa infectada ou para uma criança durante a gestação ou parto.  
 
Como prevenir 
 
A infecção pode colocar em risco tanto o adulto, como também o bebê durante a gestação, podendo evoluir para aborto ou graves sequelas ao recém-nascido, como até mesmo o óbito. 
 
O uso correto e regular da camisinha feminina ou masculina é a medida mais importante para prevenir a sífilis (2). 
 
Já para as gestantes, é importante que seu (sua) parceiro(a) esteja presente durante o pré-natal, pois viabiliza o diagnóstico e tratamento adequado, evitando a transmissão para o bebê (2).  
 
Sintomas e sinais 
 
Os sintomas e sinais podem variar de acordo com cada estágio da doença, que se divide em (3): 
 
Sífilis Primária 
 - Ferida, geralmente única, no local de entrada da bactéria (pênis, vulva, vagina, colo uterino, ânus, boca, ou outros locais da pele), que aparece entre 10 e 90 dias após o contágio. Essa lesão é rica em bactérias e é chamada de “cancro duro”; 
- Normalmente, ela não dói, não coça, não arde e não tem pus, podendo estar acompanhada de ínguas (caroços) na virilha; 
- Essa ferida desaparece sozinha, independentemente de tratamento. 
 
Sífilis Secundária  
- Os sinais e sintomas aparecem entre seis semanas e seis meses do aparecimento e cicatrização da ferida inicial; 
- Podem surgir manchas no corpo, que geralmente não coçam, incluindo palmas das mãos e plantas dos pés. Essas lesões são ricas em bactérias; 
- Pode ocorrer febre, mal-estar, dor de cabeça, ínguas pelo corpo; 
- As manchas desaparecem em algumas semanas, independentemente de tratamento, trazendo a falsa impressão de cura; 
 
Sífilis Latente - Fase Assintomática  
- Não aparecem sinais ou sintomas; 
É dividida em: 
- Latente recente (até um ano de infecção) e latente tardia (mais de um ano de infecção) 
- A duração dessa fase é variável, podendo ser interrompida pelo surgimento de sinais e sintomas da forma secundária ou terciária. 
 
Sífilis Terciária  
- Pode surgir entre 1 e 40 anos após o início da infecção; 
- Costuma apresentar sinais e sintomas, principalmente lesões cutâneas, ósseas, cardiovasculares e neurológicas, podendo levar à morte;
- Uma pessoa pode ter sífilis e não saber, isso porque a doença pode aparecer e desaparecer, mas continua latente no organismo. Por isso é importante se proteger, fazer o teste e, se a infecção for detectada, tratar da maneira correta. 
 
Diagnóstico 
 
A doença pode ser descoberta por meio do teste rápido (TR), que também é disponibilizado pelo SUS. Com a leitura do resultado em, no máximo, 30 minutos, o profissional já consegue visualizar se sua doença é reagente ou não (3). 
 
Em casos de positividade nos testes (reagentes), é recomendado extrair uma amostra de sangue e encaminhar para a realização de um exame laboratorial (não treponêmico) para confirmação (3). 
 
Como gestantes podem transmitir a doença ao feto, o tratamento deve ser iniciado apenas com um teste positivo, sem precisar aguardar o segundo exame. Também é importante estudar o histórico clínico da mãe, o exame físico da criança e os resultados dos testes, incluindo radiológicos e laboratoriais, para se chegar em um diagnóstico seguro e correto de sífilis congênita (doença transmitida para criança durante a gestação) (3).  
 
Tratamento 
 
O remédio recomendado para se curar da sífilis é a penicilina benzatina que pode ser aplicada na Unidade Básica de Saúde ou de maneira particular. Até o momento, é a forma mais eficaz de combater a bactéria que causa a doença (2,3).  
 
Quando a sífilis é detectada em gestantes, o tratamento deve ser realizado o mais rápido possível, com a penicilina benzatina, assim, o medicamento previne a transmissão vertical, ou seja, de passar a doença para o bebê (3).  
 
Referências: 1. Sífilis: entre janeiro e junho de 2022, Brasil registrou mais de 122 mil novos casos da doença. Ministério da Saúde. Último acesso: 20 de Julho de 2023. 2. Sífilis: o que é, causas, sintomas, tratamento, diagnóstico e prevenção. UFPB. Último acesso: 20 de Julho de 2023. 3. Sífilis. Ministério da Saúde. Último acesso: 20 de julho de 2023. 

Este material tem caráter meramente informativo. Não deve ser utilizado para realizar autodiagnóstico ou automedicação. Em caso de dúvidas, consulte sempre seu médico.
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