O que é síndrome do ovário policístico? 

Saiba mais sobre a síndrome clínica caracterizada por hiperandrogenismo e anovulação crônica

Publicado em: 31 de outubro de 2023  e atualizado em: 31 de outubro de 2023
  • Para compartilhar
Ouvir o texto Parar o Audio

A síndrome dos ovários policísticos (SOP) é considerada uma doença endócrina mais comum nas mulheres que estão em idade reprodutiva.  
 
Suas principais manifestações clínicas estão relacionadas ao excesso de hormônios “masculinos”, chamados andrógenos, à irregularidade menstrual e à presença de policistos ao ultrassom de ovário. O impacto dessa síndrome na saúde da mulher pode se relacionar a fatores como infertidade, obesidade, diabetes, dislipidemia, além da saúde psicossocial e qualidade de vida. 
 
Causas (1) 

Vários são os fatores envolvidos no surgimento da SOP, sendo que podemos citar os fatores genéticos, metabólicos (resistência insulínica), hormonais e ambientais (dieta e atividade física).  
 
Sintomas (1) 

  • Alterações menstruais: em geral, as menstruações são espaçadas, a mulher menstrua apenas poucas vezes por ano, mas também há ausência de menstruação;
  • Aumento dos pelos no rosto, seios e abdômen (em geral em áreas que não são de distribuição feminina normal de pelos);
  • Tendência à obesidade, sendo que o ganho de peso piora a síndrome;
  • Acne, provocada pela maior produção de material oleoso pelas glândulas sebáceas;
  • Infertilidade;
  • Queda de cabelo e depressão. 

Diagnóstico (1) 
 
Para identificar a Síndrome dos Ovários Policísticos (SOP), o médico pode solicitar ao paciente a realização de exames como ultrassonografia pélvica ou transvaginal, análises sanguíneas para dosagem de hormônios e avaliação dos sintomas apresentados. 
 
O diagnóstico se dá pela presença de 2 ou mais fatores: presença de oligo-amenorreia (poucas menstruações – menos de 9 ciclos em um ano ou a ausência dela – ausência de menstruação por mais de 90 dias); presença de hiperandrogenismo clínico (aumento de pelos, acne) ou laboratorial; presença de cistos (características padronizadas pelas recomendações da ASRM/ESHRE) 
 
Tratamento (1-4): 

  • Contraceptivos hormonais;
  • Medicações antiandrogênicas;
  • Abordagem da dislipidemia quando presente;
  • Metformina ou outro sensibilizador de insulina;
  • Estimular atividade física;
  • Estimular alimentação saudável. 
     

Referências: 1. Rosa-e-Silva AC, Damásio LC. Conceito, epidemiologia e fisiopatologia aplicada à prática clínica. In: Síndrome dos ovários policísticos. 3a ed. São Paulo: Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (FEBRASGO); 2023. Cap. 1.p.1-19. (Série Orientações e Recomendações FEBRASGO, n.1, Comissão Nacional de Ginecologia Endócrina); 2. Benetti-Pinto CL. Tratamento das manifestações androgênicas. In: Síndrome dos ovários policísticos. 3a ed. São Paulo: Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (FEBRASGO); 2023. Cap. 5, p. 65-77. (Série Orientações e Recomendações FEBRASGO nº 1, Comissão Nacional Especializada em Ginecologia Endócrina); 3. Costa LO, Soares GM. Abordagem da dislipidemia na síndrome dos ovários policísticos. In: Síndrome dos ovários policísticos. 3a ed. São Paulo: Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (FEBRASGO); 2023. Cap. 6, p. 78-88. (Série Orientações e Recomendações FEBRASGO no 1, Comissão Nacional Especializada em Ginecologia Endócrina); 4. Maciel GA. Uso de sensibilizadores de insulina: Quais? Como? Quando? Por quanto tempo? In: Síndrome dos ovários policísticos. 3a ed. São Paulo: Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (FEBRASGO); 2023. Cap. 7, p. 89-100. (Série Orientações e Recomendações FEBRASGO nº 1, Comissão Nacional Especializada em Ginecologia Endócrina). 

Este material tem caráter meramente informativo. Não deve ser utilizado para realizar autodiagnóstico ou automedicação. Em caso de dúvidas, consulte sempre seu médico.
  • Para compartilhar
Você achou esse conteúdo útil?