Confira as situações que aumentam o risco de hipertensão
A hipertensão é um problema grave de saúde pública no Brasil e no mundo. Mais conhecida como pressão alta, é uma doença crônica caracterizada pelos níveis elevados da pressão sanguínea nas artérias¹. Ela acontece quando os valores das pressões máxima e mínima são iguais ou ultrapassam os 140/90 mmHg (ou 14 por 9)¹. A pressão alta faz com que o coração tenha um esforço maior do que o normal para que o sangue seja distribuído corretamente no corpo¹. É considerada um dos mais importantes fatores de risco para o desenvolvimento de doenças cardiovasculares, cerebrovasculares e renais, responsável por pelo menos 40% das mortes por doença arterial coronariana, como infarto cardíaco e, em combinação com o diabetes, 50% dos casos de insuficiência renal terminal.
Sintomas
A hipertensão arterial é, na maior parte do seu curso, assintomática, implicando na dificuldade de diagnóstico precoce e na baixa adesão, por parte do paciente, ao tratamento prescrito, já que muitos medicamentos apresentam efeitos colaterais². Os sintomas da hipertensão costumam aparecer somente quando a pressão sobe muito¹. Podem ocorrer dores no peito, dor de cabeça, tonturas, zumbido no ouvido, fraqueza, visão embaçada e sangramento nasal¹.
Fatores de risco
Essa doença é herdada dos pais em 90% dos casos, mas há vários fatores que influenciam nos níveis de pressão arterial, entre eles¹:
- Fumo;
- Consumo de bebidas alcoólicas;
- Obesidade;
- Estresse;
- Elevado consumo de sal;
- Níveis altos de colesterol;
- Falta de atividade física.
Além desses fatores de risco, sabe-se que a incidência da pressão alta é maior na raça negra, em diabéticos, e aumenta com a idade¹.
Álcool: O consumo de álcool tem um efeito bifásico na pressão arterial. Pequenas quantidades diminuem seus valores, provavelmente devido ao efeito vasodilatador. No entanto, o uso contínuo e crônico faz os níveis de pressão aumentarem e a eficácia dos anti-hipertensivos diminuir.³
Sedentarismo: O sedentarismo é um problema fundamental de saúde pública no mundo e contribui com a epidemia crescente de obesidade e aumento da prevalência de doenças como hipertensão. Os mecanismos envolvidos no efeito anti-hipertensivo da atividade física de carga moderada são vários e incluem mecanismos diretos e mecanismos indiretos (redução da obesidade e melhora do perfil metabólico).³ O sedentarismo aumenta o risco de hipertensão em 30% quando comparado com indivíduos ativos, e a atividade aeróbica tem efeito hipotensor mais acentuado em indivíduos hipertensos do que em pessoas que apresentam pressão arterial normal.
Prevenção
Apesar do importante componente genético, algumas práticas saudáveis ajudam a prevenir o aparecimento da hipertensão e outras doenças como diabetes:
- Manter o peso corporal na faixa normal (IMC entre 18,5 a 24,9kg/m²).
- Consumir dieta rica em frutas e vegetais e alimentos com baixa densidade calórica e baixo teor de gorduras saturadas e totais.²,³
- Redução do consumo de sal, consumo máximo de 5g de sal ao dia, ou seja, no máximo três colheres de café rasas.
- Habituar-se à prática regular de atividade física aeróbica, como caminhadas por pelo menos 30 minutos por dia, três vezes na semana para prevenção e diariamente para tratamento.
- Cessar o tabagismo.