Tecnologias em favor da saúde 

As pessoas estão usando a inteligência artificial para quase tudo e o cuidado com a saúde está cada vez mais associado à tecnologia. Será que a pessoa com diabetes se beneficia também das novas tecnologias?  

Publicado em: 19 de novembro de 2025  e atualizado em: 19 de novembro de 2025
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Desde o lançamento do primeiro sensor de glicose contínuo — o adesivo — em 2014, que revolucionou o controle da glicose ao eliminar as picadas diárias e o uso de fitas, os pacientes passaram a encarar a tecnologia como uma grande aliada no convívio com o diabetes. 

Por exemplo, a telemedicina tem grande potencial para beneficiar uma pessoa com hipertensão ou diabetes que vive em uma área remota ou de difícil acesso, pois ela poderia ter consultas com os profissionais de saúde por videochamada ou aplicativos, sem a necessidade de deslocamento. 
 

E outros vestíveis, como relógios de pulso, dão ainda mais autonomia para o paciente, seja para controlar sua atividade (ou inatividade) física ou para sua pressão arterial.  

A inteligência artificial também pode capacitar os pacientes a terem maior controle de seus próprios cuidados de saúde e compreender melhor suas necessidades em evolução 1, pois todos esses recursos podem estar reunidos apenas em seu celular, de forma simples e didática. 

A bomba de infusão contínua de insulina (SICI) foi considerada revolucionária, principalmente para quem possui diabetes tipo 1. Entre os seus benefícios estão um melhor controle glicêmico e precisão nas dosagens e mais liberdade no estilo de vida, calculando e administrando a insulina adicional necessária ao comer uma sobremesa, por exemplo. 

Mas as tecnologias são úteis somente se o paciente tiver acesso a essas possibilidades e as habilidades digitais para usá-las. A bomba de infusão de insulina é um dos itens que não teve aprovação na Conitec para implantação no SUS. Esse é um risco: de que as lacunas no acesso à tecnologia digital exacerbem as desigualdades existentes em saúde. 
 
Implementar os benefícios das tecnologias e os avanços de IA para os pacientes não pode ampliar a desigualdade entre aqueles que têm acesso à tecnologia e aqueles que não têm.  

Uma ação para diminuir esse risco é melhorar a alfabetização digital em saúde e baratear os custos das tecnologias. Ambos podem ser alcançados com a ajuda da inteligência artificial, que veio justamente para ajudar o homem a pensar novas soluções para problemas que sempre existiram. 
 
Referências 
1. OMS publica primeiro relatório global sobre inteligência artificial na saúde e seis princípios orientadores para sua concepção e uso. In OPAS, 28 jun 2021. Disponível em: https://www.paho.org/pt/noticias/28-6-2021-oms-publica-primeiro-relatorio-global-sobre-inteligencia-artificial-na-saude-e 
 

Este material tem caráter meramente informativo. Não deve ser utilizado para realizar autodiagnóstico ou automedicação. Em caso de dúvidas, consulte sempre seu médico.
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