As manifestações podem ser leves ou graves, até possivelmente fatais – é o caso da hemorragia com choque
A dengue é uma doença aguda causada por um vírus, que possui sintomas parecidos com os da gripe1. As manifestações podem ser leves ou graves, até possivelmente fatais – é o caso da hemorragia com choque2. Em 2014 o Brasil classificou a doença como única, dinâmica e sistêmica3.
Causas
Ela é transmitida pela picada do mosquito Aedes aegypti que, quando infectado, passa o vírus para a corrente sanguínea do ser humano1. Ele é todo preto com listras brancas pelo corpo, e mede menos de 1cm1.
Sintomas
A contaminação pelo vírus pode gerar ou não sintomas3. Quando eles aparecem, variam entre aspectos simples ou até mesmo quadros graves, podendo chegar ao óbito3. Existem três formas de manifestação 3:
Fase febril - Tem como primeiro sintoma a febre, que dura entre dois e sete dias, variando entre 39ºC e 40ºC. Além disso, podem existir outras associações: cefaleia (dor de cabeça), fraqueza, dor muscular, articular e ao redor dos olhos. Outro sintoma que pode aparecer é o exantema (manchas vermelhas na pele, que podem atingir o corpo todo), inclusive palmas das mãos e plantas dos pés.
Outras manifestações são: náuseas, vômitos e diarreia.
Fase crítica - Diminuição da febre e possíveis sinais de alarme que devem ser observados:
Dor abdominal intensa;
- Vômitos persistentes;
- Acúmulo de líquidos (no pulmão, por exemplo);
- Tontura;
- Aumento do volume do fígado;
- Sangramento da pele;
- Inconsciência ou irritabilidade;
- Aumento de hematócrito (HCT presente nos glóbulos sanguíneos).
Fase de recuperação - As taxas de urina começam a normalizar, e algumas infecções bacterianas podem aparecer, o que pode levar à morte.
Diagnóstico
Como os sintomas podem ser confundidos com outras enfermidades, o ideal é que o paciente seja observado durante as manifestações2. Enquanto isso, é possível que alguns exames mostrem a presença de infecções no organismo4 como o hemograma e a sorologia / isolamento viral. Em casos mais graves, são necessários outros testes laboratoriais4:
- Gasometria;
- Eletrólitos (taxas de sódio, potássio, magnésio e cálcio);
- Transaminases (enzimas do fígado);
- Raio-X de tórax;
- Ultrassonografia.
Prevenção
A prevenção é com o controle de reprodução do Aedes aegypti5. Para isso, são necessárias medidas coletivas para controlar sua multiplicação5:
Evitar o uso de pratos nos vasos de plantas – caso opte por usá-los, certifique-se de que não acumule água, mantendo a limpeza ou com o uso de areia;
- Mantenha bebedouros de animais limpos, com água limpa;
- Mantenha fechados depósitos de água (potes, tambores, pneus...);
- Limpe as calhas e lajes;
- Trate a água das piscinas;
- Guarde garrafas vazias com a boca para baixo;
- Elimine águas acumuladas nas plantas ou qualquer outro objeto;
- Identifique sinais de risco na vizinhança;
- Não jogue lixo em terrenos baldios;
- Mantenha o lixo tampado.
Tratamento
O tipo de tratamento depende do grau de infecção de cada paciente, mas em todos os casos recomenda-se a hidratação constante4. De toda forma, apenas um médico poderá avaliar o tratamento adequado para cada um.
Fontes: 1. Telessaúde UERJ – O que é Dengue? SZTAJNBOK, Denise; LAGO, Marcos; Madeira, Isabel Ray. Último acesso em 30 de agosto de 2021. 2. Urbanização e ecologia do dengue. TAUIL, Pedro Luiz. Último acesso em 30 de agosto de 2021. 3. Dengue – diagnóstico e manejo clínico – adulto e criança. Ministério da Saúde – Secretaria de Vigilância em Saúde. Último acesso em 30 de agosto de 2021. 4. Dengue – classificação de risco e manejo do paciente. Ministério da Saúde. Último acesso em 30 de agosto de 2021. 5. O agente comunitário de saúde no controle da dengue. Ministério da Saúde – Secretaria de Vigilância em Saúde e Secretaria de Atenção à Saúde. Último acesso em 30 de agosto de 2021.