Desmineralização óssea

Conheça mais sobre a desmineralização óssea e por que ela é mais frequente nos períodos de pré e pós menopausa

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A desmineralização óssea é a perda da massa mineral que compõe o osso, influenciando na estrutura e densidade do esqueleto. Ela faz parte do processo natural do envelhecimento humano e aumenta conforme a idade, principalmente entre as mulheres. Para casos mais leves, recebe o nome de osteopenia e, nos casos mais avançados, em conjunto com o aparecimento da menopausa e de outros fatores como maus hábitos alimentares e má qualidade de vida, podem surgir doenças como a osteoporose¹.

A osteopenia se dá quando está iniciando a perda da massa óssea que, sem tratamento, pode evoluir para osteoporose, condição em que os ossos ficam muito frágeis, com risco de fraturas graves e que podem levar à morte¹.

Dicionário da saúde: Osteoporose. Leia mais aqui.

Os pesquisadores não sabem ao certo com qual idade se inicia a perda da densidade mineral óssea, mas estima-se que, entre 40 anos e a menopausa, as mulheres perdem aproximadamente 0,3% a 0,5% por ano e, após a menopausa, este ritmo acelera para 2% a 3% ao ano².

Saiba mais sobre Osteoporose aqui e como diagnosticar a osteoporose neste outro artigo aqui.

Geralmente, a desmineralização óssea não tem sintomas clínicos até ocorrer uma fratura mas, quando acentuada, pode provocar dores e dificuldade de locomoção. A fragilidade do osso deixa a pessoa mais suscetível a fraturas por quedas¹. 

Prevenção¹

A estrutura óssea é composta majoritariamente por cálcio, por isso é preciso ingerir este mineral durante toda a vida para repor o que foi perdido e reduzir a perda gradativa.

Adquirir hábitos saudáveis também podem ajudar a evitar a perda acentuada da massa óssea. Por isso, adotar a prática de atividade física auxilia no processo de regeneração e de fortalecimento muscular, também ajudando a não sobrecarregar o esqueleto, fazendo com que o desgaste ósseo seja mais natural e equilibrado. A alimentação também precisa ser levada em consideração, com uma dieta rica em vitaminas, fibras e minerais e evitando a ingestão de bebidas alcoólicas ou produtos com muito açúcar, como refrigerantes. 

Ligação com a pré e pós menopausa¹

A desmineralização óssea é um processo natural, que faz parte do envelhecimento. Quando a mulher chega próximo ao período da menopausa, passa a acontecer um desequilíbrio entre processos de reabsorção e formação óssea. Isso porque, durante o período fértil da mulher existe uma produção acentuada de estrogênio, que retarda a reabsorção do osso, reduzindo a sua perda. Este hormônio também colabora com a fixação do cálcio nos ossos. Durante a menopausa, a produção de estrogênio é reduzida, prejudicando a absorção e contribuindo para a perda de massa óssea mais acelerada.

No homem, baixos níveis de testosterona também podem favorecer o aparecimento desta condição. 

Tratamento

Tanto a osteopenia quanto a osteoporose podem ser diagnosticadas precocemente e evitadas ou atenuadas. O tratamento visa repor os minerais perdidos e pode ser feito com o uso de terapia hormonal, medicações específicas, dieta alimentar, com alimentos ricos em cálcio e atividade física de baixa intensidade e impacto¹ ².

A recomendação é que mulheres a partir dos 40 anos procurem um médico para realização de um diagnóstico precoce.

 

Fontes:

1. LEITE. A.S.G. Avaliação do risco de fratura por desmineralização óssea. Escola Superior de Tecnologia e de Gestão Instituto Politécnico de Bragança. Último acesso em 21 de setembro de 2022.

2. Osteoporose em mulheres na pós-menopausa, cálcio dietético e outros fatores de risco. Scielo. Último acesso em 21 de setembro de 2022.

Este material tem caráter meramente informativo. Não deve ser utilizado para realizar autodiagnóstico ou automedicação. Em caso de dúvidas, consulte sempre seu médico.
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