É um transtorno metabólico provocado pelo excesso de açúcar no sangue, devido a deficiência e/ou ao prejuízo de ação da insulina
A diabetes, também conhecida como diabetes mellitus, é uma doença crônica caracterizada por hiperglicemia, ou seja, pelo excesso de açúcar / glicose no sangue, causado pela deficiência na secreção e/ou na ação de um hormônio chamado insulina, que é produzido pelo pâncreas e auxilia a absorção da glicose pelas células do organismo. A realização de atividade física diária, bem como uma dieta alimentar recomendada pelo médico, também ajuda a controlar a glicemia e a reduzir a gordura corporal⁴.
Existem dois grupos principais de classificação de diabetes: tipo 1 e tipo 2. Entretanto, é importante esclarecer outros tipos de diabetes como: diabetes gestacional e diabetes associado a condições raras¹. A Federação Internacional de Diabetes, no mais recente estudo divulgado em 2019, estimou que existam 463 milhões de portadores de diabetes no mundo, ou seja, 1 em cada 11 pessoas de 20 a 79 anos, possuem diabetes: o Brasil é o quinto país com maior número de pacientes (16.8 milhões), e o com mais diagnósticos na América Latina².
Diabetes tipo 1: Acontece quando o sistema imunológico ataca células produtoras de insulina no pâncreas, prejudicando a produção do hormônio. É o principal tipo de diabetes que acomete crianças e adolescentes. Os principais sintomas são¹:
Cansaço
Aumento de Diurese
Emagrecimento
Fraqueza
Fome excessiva
Aumento de Sede
Diabetes tipo 2: Acontece quando há prejuízo da ação da insulina, sendo necessária uma maior concentração do hormônio para promover a redução de glicemia, porém o pâncreas não atende à demanda de insulina necessária ao corpo. É o tipo mais frequente de diabetes, afetando, principalmente, adultos. A diabetes tipo 2 está associada ao aumento de peso e a obesidade. Os principais sintomas são¹:
Aumento da diurese
Alteração visual
Dores nas pernas
Aumento da Sede
Diabetes gestacional: As alterações hormonais características da gestação afetam a eficiência da insulina no organismo, obrigando o pâncreas a aumentar sua produção. Quando essa produção ainda é deficitária, há um quadro de diabetes. Altos níveis de glicose no organismo da mãe podem afetar o parto e até mesmo a vida adulta do bebê, com maior ocorrência de obesidade e diabetes. Mulheres com fatores de risco como sobrepeso, síndrome dos ovários policísticos (saiba mais neste artigo aqui) ou histórico familiar de diabetes precisam de acompanhamento desde o início da gravidez, e geralmente, a orientação nutricional é suficiente para o controle da diabetes gestacional. Após o parto, com alimentação balanceada e o aleitamento materno, o risco de desenvolvimento de diabetes tipo 2 nas mães cai drasticamente³.
Existem outros tipos mais raros de diabetes provocados por defeitos genéticos da função da célula beta (MODY 1, 2 e 3) ou na ação da insulina, doenças do pâncreas (pancreatite, tumores pancreáticos, hemocromatose) ou endócrinas, como a Síndrome de Cushing, hipertireoidismo e acromegalia e até a diabetes provocada por uso de certos medicamentos¹.
Apesar de não ser um tipo de diabetes, os médicos podem diagnosticar no paciente a “pré-diabetes”, que ocorre quando os níveis de glicose no sangue estão mais altos que o normal, mas ainda não configura um diagnóstico de diabetes tipo 2. Pessoas com obesidade e hipertensão arterial são mais propensas a desenvolver este quadro. Neste estágio ainda é possível reverter ou retardar a evolução para o diabetes através de mudanças alimentares e prática de exercícios³.
Diagnóstico¹
O diagnóstico de diabetes é realizado por meio da medida da hemoglobina glicada (HbA1c) e/ou da glicose em exames de sangue. No caso particular da glicose sanguínea, são consideradas três possibilidades: glicemia em jejum em pelo menos duas ocasiões diferentes, glicemia aleatória em qualquer horário do dia, particularmente nas pessoas com sintomas e, finalmente o teste de tolerância oral à glicose.
Tratamento
O tratamento da diabetes pode ser feito com o uso da insulina e com o uso de medicação oral, este último, apenas no caso de diabetes tipo 2⁴. É importante que o paciente também faça o monitoramento dos níveis de glicose e siga as orientações do profissional de saúde com relação aos horários de medição e controle dos resultados. O acompanhamento indicará se há necessidade de uso ou ajuste na medicação.
Fontes: 1– O que é diabetes? Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia. Último acesso em 13 de julho de 2021. 2 – Atlas IDF 2019: Diabetes no Mundo. Atlas da Diabetes. Último acesso em 13 de julho de 2021. 3 - Tipos de Diabetes. Sociedade Brasileira de Diabetes. Último acesso em 13 de julho de 2021. 4 – 10 Coisas que você precisa saber sobre diabetes. Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia. Último acesso em 13 de julho de 2021.