Amigdalite

A inflamação na região das amígdalas pode ter origem viral ou por bactérias

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A amigdalite é a inflamação e o inchaço na região das amígdalas, localizadas em ambos os lados da garganta. As amígdalas fazem parte do sistema de defesa do organismo contra infecções, junto com as amígdalas faríngeas (adenoides)¹. A amigdalite pode ter origem viral ou por bactérias, provocando placas de pus na região atingida². Embora seja mais comum em crianças, ambos os casos de amigdalite (viral ou bacteriana), podem atingir qualquer pessoa, em qualquer idade. Também é mais frequente durante as estações mais frias, como a maioria das doenças respiratórias⁴. 

Amigdalite viral: costuma ser menos dolorosa. Os sintomas são semelhantes ao de um resfriado com dor de garganta, coriza e obstrução nasal. Em alguns casos, pode ocorrer febre, com recuperação breve em torno de 3 a 5 dias¹. As amigdalites de origem viral correspondem a 75% das faringoamigdalites agudas, e ocorrem com mais frequência nos primeiros anos de vida (entre 2 e 3 anos de idade), e possui menos ocorrência durante a adolescência³.

Amigdalite bacteriana: geralmente provocada pela bactéria Streptococcus do grupo A, é mais grave e causa febre alta, dor forte na garganta, ínguas no pescoço e placas de pus, mau hálito além de inchaço e vermelhidão na região¹. 

Tratamento

Antes de indicar o melhor tratamento, o profissional de saúde precisará distinguir se esta é uma infecção por bactéria ou uma infecção viral. No caso da amigdalite viral, o mais adequado é utilizado especialmente para o controle da dor, como os analgésicos e os anti-inflamatórios não hormonais. Já no caso da amigdalite bacteriana, recomenda-se o uso de antibióticos e sintomáticos, para controle de dor e febre². Lembrando que a medicação deve ser sempre receitada pelo médico, bem como sua posologia e tempo de uso.

A infecção por bactéria, quando não tratada corretamente, pode provocar o desenvolvimento de outros tipos de patologias, como a otites ou sinusites, ou ainda, a febre reumática, que afeta as articulações e as válvulas do coração¹ e a glomerulonefrite difusa aguda (inflamação na região do rim que faz o filtro do sangue e a formação da urina)³. Em alguns casos, se o paciente apresentar muitos casos frequentes de amigdalites e que não respondem ao tratamento indicado, o médico pode sugerir a retirada destas glândulas², chamada de amigdalectomia. 

Prevenção²,

É possível prevenir a contaminação da amigdalite viral e bacteriana, tomando alguns cuidados como:

Evitar o cigarro e outros tipos de fumo;

Evitar o uso de ventiladores e ar-condicionado, pois esses aparelhos fazem com que as mucosas se ressequem e diminuem a resistência das glândulas;

Ter uma dieta adequada;

Manter-se hidratado;

Cuidar da higiene pessoal, lavando bem as mãos;

Praticar a etiqueta respiratória ao espirrar ou tossir (com lenço descartável ou dobra do braço);

Não se automedicar, evitando o surgimento de bactérias mais resistentes.

Ao manifestar os sintomas, o ideal é buscar atendimento médico para o correto diagnóstico e tratamento. A amigdalite é uma doença contagiosa, disseminada por via aérea, através das gotículas de saliva ou pelo contato com as mãos de uma pessoa infectada¹.

 

Fontes: 1.  Amigdalite aguda. Sociedade de Pediatria do RS, Comitê de Otorrinolaringologia. Último acesso em 29 de abril de 2021. 2. Especial Otorrino – Amigdalites. Blog da Saúde Ministério da Saúde Brasil. Último acesso em 30 de abril de 2021. 3. Guideline IVAS – Infecções das Vias Aéreas Superiores. Associação Brasileira de Otorrinolaringologia e Cirurgia Cérvico-Facial. Último acesso em 30 de abril de 2021. 4. Saiba como prevenir e tratar Amigdalite. Blog da Saúde Ministério da Saúde Brasil. Último acesso em 30 de abril de 2021.

Este material tem caráter meramente informativo. Não deve ser utilizado para realizar autodiagnóstico ou automedicação. Em caso de dúvidas, consulte sempre seu médico.
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