São fortes mudanças no humor, na personalidade, no pensamento e no comportamento que interferem os relacionamentos interpessoais
O transtorno afetivo bipolar consiste em episódios de mania e depressão, separados por períodos de humor normal e afeta cerca de 60 milhões de pessoas em todo o mundo1. Os episódios de mania envolvem humor elevado ou irritado, excesso de atividade, pressão de fala, autoestima inflada e uma menor necessidade de sono1. É uma doença recorrente, crônica e grave, com comorbidades e que aumenta o risco de suicídio, além de ser extremamente prejudicial para o desenvolvimento social e profissional dos pacientes2. De acordo com a Organização Mundial de Saúde, é a sexta causa de incapacidade e a terceira entre as doenças mentais, após depressão unipolar e esquizofrenia2.
Causas
O risco de desenvolver transtornos mentais de uma maneira geral está associado a atributos individuais (capacidade de administrar pensamentos, emoções, comportamentos e interações com os outros) e também a fatores sociais, culturais, econômicos, políticos e ambientais (políticas nacionais, proteção social, padrões de vida, condições de trabalho e apoio comunitário)1. Alguns outros fatores como estrese, genética, nutrição, infecções perinatais e exposição a perigos ambientes também são fatores que contribuem para os transtornos mentais3.
Sintomas
São fortes mudanças no humor, na personalidade, no pensamento e no comportamento que interferem os relacionamentos interpessoais4. Existe a fragilidade afetiva, a extravagância financeira, as flutuações nos níveis de sociabilidade, as indiscrições sexuais e comportamentos violentos que são frutos de desordem, confusão e conflitos4. Nos relacionamentos existem desajustes com familiares, amigos, trabalho e na comunidade4.
Sintomas psíquicos5:
Humor depressivo: sensação de tristeza, autodesvalorização e sentimentos de culpa;
- Redução da capacidade de experimentar prazer na maior parte das atividades, antes consideradas como agradáveis;
- Fadiga ou sensação de perda de energia;
- Diminuição da capacidade de pensar, de se concentrar ou de tomar decisões.
- Alterações do sono;
- Alterações do apetite.
Evidências comportamentais5:
- Retraimento social;
- Crises de choro;
- Comportamentos suicidas;
- Retardo psicomotor e lentificação generalizada, ou agitação pscicomotora.
Diagnóstico
O diagnóstico é feito por um médico especializado. Que analisa a melhor forma de representar a doença e que ainda pode fazer subdivisões específicas do Transtorno de Humor Bipolar (THB) em subgrupos: THB tipo 1, THB ½, THB II, THB II ½. THB III, THB III ½, THB IV)6.
Prevenção
A prevenção contra o Transtorno Afetivo Bipolar é com o acompanhamento médico6.
Tratamento
O tratamento é feito com estabilizadores de humor indicados por um médico especializado, que analisa cada caso de um jeito único6.
Fontes: 1. Folha Informativa: transtornos mentais. Organização Pan-Americana da Saúde. Último acesso em 14 de setembro de 2021. 2. Transtorno afetivo bipolar: carga da doença e custos relacionados. COSTA, Anna Maria Niccolai. Último acesso em 14 de setembro de 2021. 3. Terapia cognitiva: abordagem para o transtorno afetivo bipolar. JURUENAI, Mário Francisco. Último acesso em 14 de setembro de 2021. 4. Conceito e diagnóstico. Revista Brasileira de Psiquiatria. DEL PORTO, José Alberto. Último acesso em 14 de setembro de 2021. 5. Avanços no diagnóstico do transtorno do humor bipolar. ALCANTARA, Igor; SCHMITT, Ricardo; SCHWARZTHAUPT, Alexandre Willi; CHACHAMOVICH, Eduardo; SULZBACH, Miréia Fortes Vianna; padilha, Rachel Tavares de Laforet; CANDIAGO, Rafael Henriques; LUCAS, Renato Moraes. Último acesso em 14 de setembro de 2021. 6. Impacto da comorbidade no diagnóstico e tratamento do transtorno bipolar. SANCHES, Rafael F.; ASSUNÇÃO, Sheila; HETEM, Luiz Alberto B. Último acesso em 14 de setembro de 2021.