Dicionário da Saúde: Mioma
Tumores uterinos benignos podem levar a dor e sangramento uterino e, até mesmo, casos de infertilidade
Miomas são tumores uterinos benignos formados por tecido muscular. Se manifestam em mulheres que estão, principalmente, na fase reprodutiva da vida (1).
A causa é desconhecida, mas seu crescimento depende de fatores hormonais, diminuindo de tamanho após a menopausa. Eles podem ser únicos ou múltiplos, desde tamanhos bem pequenos até atingir enormes volumes (1).
Sintomas
A grande maioria dos casos de miomas não apresenta sintomas, mas alguns aumentam o fluxo menstrual e, em muitas vezes, com coágulos, podendo resultar em anemia. (1)
Em relação aos sintomas, classificamos como principais (1):
- Aumento do volume abdominal. Algumas vezes, mulheres magras acreditam estar grávidas por causa do aumento do abdômen provocado pelo crescimento do mioma;
- Dor pélvica é mais um sintoma frequente;
- Sintomas compressivos, como: aumento da frequência urinária, retenção de urina, constipação e compressão dos vasos pélvicos, causando varizes e inchaços nas pernas podem acontecer;
- Numa proporção muito pequena, o mioma pode causar infertilidade.
Os miomas podem estar em qualquer posição no útero e, quanto mais perto da parte central eles se desenvolverem, maior a probabilidade de provocarem sangramento e de dificultarem uma gravidez, ocasionando quadros de abortos (1).
Diagnóstico
Para descobrir se existe mioma ou não na paciente, é recomendado realizar exame de imagem, como a ultrassonografia, histeroscopia ou ressonância magnética (RM) (2).
Com esses exames, é possível notar a presença do mioma uterino, mesmo a paciente não apresentando nenhum tipo de sintoma. (2)
Para ter as informações precisas sobre a presença de miomas nos tecidos internos, inclusive referente às dimensões de nódulo, os exames de imagem se tornam indispensáveis. (2)
Tratamento
Vários medicamentos são usados para reduzir o crescimento do mioma, aliviar os sintomas e, algumas vezes, ambos (2):
- Agonistas de GnRH;
- Progesterona exógena;
- Anti Progestinas;
- Moduladores seletivos do receptor de estrogênio (MSREs);
- Danazol;
- Anti-inflamatórios não esteroides (AINEs);
- Ácido tranexâmico.
Também há a possibilidade de realizar a cirurgia, que geralmente é indicada para mulheres que apresentam (2):
- Um rápido crescimento da massa pélvica;
- Sangramento uterino recorrente e refratário à terapia;
- Dor intensa ou persistente ou pressão;
- Um útero grande que tem um efeito de massa no abdome, causando sintomas urinários ou intestinais ou comprimindo outros órgãos e causando disfunção;
- Infertilidade;
- Abortos espontâneos recorrentes;
Alguns fatores que favorecem a cirurgia são: término da idade fértil e o desejo da paciente por tratamento definitivo.
Quem pode realizar o tratamento
Alguns fatores que ajudam na decisão de quem pode realizar o tratamento (2):
- Miomas assintomáticos: não precisa de tratamento;
- Mulheres na pós-menopausa: triagem do controle da expectante, afinal os sintomas tendem a regredir com a diminuição do tamanho dos miomas após a menopausa;
- Miomas sintomáticos: particularmente, se a gestação é desejada: embolização uterina ou alguma nova técnica, como ultrassom concentrado de alta intensidade, ou miomectomia;
- Sintomas graves e sem resposta efetiva às outras técnicas, especialmente se a gestação não for desejada: histerectomia, possivelmente precedida de terapia medicamentosa.
Referências: 1. Miomas uterinos. Ministério da Saúde. Último acesso em 25 de abril de 2023. 2. Miomas uterinos. MSD Manual. Último acesso em 25 de abril de 2023.
Este material tem caráter meramente informativo. Não deve ser utilizado para realizar autodiagnóstico ou automedicação. Em caso de dúvidas, consulte sempre seu médico.