Síndrome de Burnout
Similar ao estresse, o esgotamento gerado pelo trabalho exige cuidados; descubra sintomas e tratamento
A Síndrome do Esgotamento Profissional, popularmente conhecida como burnout, e o estresse, são problemas de saúde que, embora compartilhem sintomas e causas semelhantes, são categorizados de maneira distinta pela Organização Mundial da Saúde (OMS). Enquanto o estresse é uma reação natural do organismo a estímulos externos de situações ameaçadoras e incômodas, resultando em alterações físicas e emocionais, o burnout é um distúrbio emocional causado pelo estresse crônico em um ambiente de trabalho desgastante (1).
A Síndrome de Burnout está frequentemente associada a contextos profissionais que envolvem grande pressão e responsabilidade constante, levando a um excesso de trabalho (2).
Em 2019, a OMS detalhou a Síndrome de Burnout como um fenômeno ocupacional na 11ª Revisão da Classificação Internacional de Doenças (CID-11), tornando a mudança oficial em 1º de janeiro de 2022. Conforme a revisão da OMS, o burnout é definido como "uma síndrome conceituada como resultante do estresse crônico no local de trabalho que não foi gerenciado com sucesso". Assim, a síndrome é caracterizada como um fenômeno específico do âmbito ocupacional (2).
Sintomas
Embora inicialmente leves, os sintomas da Síndrome de Burnout podem escalonar ao longo do tempo, resultando em distúrbios mais graves. Os principais sinais e sintomas que podem indicar a condição são (3):
- Cansaço excessivo, físico e mental;
- Dor de cabeça frequente;
- Alterações no apetite;
- Insônia;
- Dificuldades de concentração;
- Sentimentos de fracasso e insegurança;
- Negatividade constante;
- Sentimentos de derrota e desesperança;
- Sentimentos de incompetência;
- Alterações repentinas de humor;
- Isolamento;
- Fadiga;
- Pressão alta;
- Dores musculares;
- Problemas gastrointestinais;
- Alterações nos batimentos cardíacos.
Tratamento
O tratamento da Síndrome de Burnout geralmente envolve acompanhamento psicológico profissional e mudanças nos hábitos que podem causar desgaste emocional (1,3).
Profissionais de saúde frequentemente recomendam alterações nos hábitos alimentares e a prática regular de atividades físicas como formas de aliviar os efeitos da síndrome devido à produção de hormônios naturalmente relaxantes (3).
A dificuldade inicial no diagnóstico é um obstáculo para o tratamento, pois muitas pessoas ignoram os sintomas iniciais e resistem a procurar ajuda profissional. A Síndrome de Burnout pode evoluir para depressão grave, tornando fundamental o acompanhamento profissional nos primeiros sinais de sintomas. Segundo o Ministério da Saúde, o Sistema Único de Saúde (SUS) oferece diagnóstico e tratamento adequados de forma gratuita por meio da Rede de Atenção Psicossocial (RAPS) (3).
A melhor abordagem para lidar com a Síndrome de Burnout é evitar seu desenvolvimento por meio de medidas estratégicas que aliviem as circunstâncias desgastantes no ambiente de trabalho. Isso inclui a adoção de atitudes que quebrem a rotina cotidiana e garantam um descanso adequado das atividades profissionais (3).
Referências: 1. Entenda as principais diferenças entre burnout, estresse e depressão. ANAMT., Último acesso: 29 de Novembro de 2023. 2. Síndrome de burnout é detalhada em classificação internacional da OMS. Nações Unidas Brasil. Último acesso: 29 de novembro de 2023. 3. Síndrome de Burnout. Ministério da Saúde, Último acesso: 29 de Novembro de 2023.