A relação do TDAH com a depressão

Conheça algumas das semelhanças entre os sintomas do transtorno do déficit de atenção com hiperatividade e a depressão

Publicado em: 29 de novembro de 2022  e atualizado em: 29 de novembro de 2022
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O transtorno do déficit de atenção com hiperatividade, também conhecido pela sigla TDAH, tem origem genética e seus primeiros sinais aparecem durante a infância, acompanhando a pessoa durante toda a sua vida. Os sintomas mais característicos são a falta de atenção, a inquietação e a impulsividade (1). 

Nas crianças, o TDAH é marcado por episódios de esquecimento e pela impulsividade. O desempenho na escola por muitas vezes é incompatível com a sua capacidade intelectual, embora o desempenho possa estar ligado ao comportamento do aluno e não à sua inteligência. Já nos adultos, os principais indícios apresentados são a dificuldade de organização e planejamento, o estresse por não saberem priorizar as atividades do dia a dia e a dificuldade para realizar suas tarefas sozinho (1). 

A ligação entre TDAH e a depressão

Em torno de 30% das pessoas diagnosticadas com transtorno do déficit de atenção com hiperatividade também sofrem de depressão. Estudos indicam que crianças com TDAH têm três vezes mais risco de desenvolver depressão. Essas, por sua vez, são mais ansiosas, têm episódios frequentes de transtorno de ansiedade e fobia social e maior comprometimento social e escolar. (2,3)

Dicionário da saúde: depressão. Saiba mais aqui.

Os sintomas da depressão confundem-se com os de TDAH. Durante a infância, a depressão geralmente se manifesta de duas formas diferentes: ela aparece como consequência dos impactos que o TDAH causa no dia a dia da criança ou do jovem ou paralelamente ao transtorno, quando não há ligação entre eles. Quando a depressão é resultado do TDAH, a mudança de comportamento na criança é notável e, dessa forma, o médico consegue identificá-la. Já no segundo caso, os sintomas podem ser confundidos como um traço da personalidade dos pequenos, dificultando seu diagnóstico (3).

Por isso, é importante procurar um bom profissional de saúde para o diagnóstico correto da síndrome. Além disso, pais, professores e pessoas do convívio do paciente também podem ajudar, descrevendo com detalhes os comportamentos que trazem preocupação e compartilhando com o médico.

Tratamento

O transtorno do déficit de atenção com hiperatividade não tem cura, mas existem tratamentos que amenizam os efeitos. (3)

Basicamente, o tratamento do TDAH deve ser uma combinação de terapias utilizando-se psicoterapia e medicamentos. Alguns casos, quando existem transtornos de fala e de escrita, recomenda-se o acompanhamento com um fonoaudiologista (1).

Os tratamentos disponíveis tanto para o TDAH quanto para a depressão, separada ou concomitantemente, costumam ter resultados positivos (2).

Leia mais sobre o Tratamento da depressão neste artigo aqui.

Quem não conhece o impacto que o TDAH causa na vida da criança, do jovem ou do adulto pode achar que esses episódios de hiperatividade são falta de educação ou desinteresse proposital. Por isso, é importante disseminar cada vez mais informação para que as pessoas tenham conhecimento, respeito e, principalmente, entendam quão séria é esta síndrome e os benefícios que o diagnóstico e o tratamento precoce podem trazer para a qualidade de vida dessa pessoa.

 

Fontes:1. Transtorno do déficit de atenção com hiperatividade – TDAH. Biblioteca Virtual em Saúde. Ministério da Saúde Brasil. Último acesso em 20 de setembro de 2022. 2. Depressão e TDAH – parte III. Associação Brasileira do Déficit de Atenção. Último acesso em 20 de setembro de 2022. 3. TDAH x depressão. Instituto Neurosaber de Ensino. Último acesso em 20 de setembro de 2022.

Este material tem caráter meramente informativo. Não deve ser utilizado para realizar autodiagnóstico ou automedicação. Em caso de dúvidas, consulte sempre seu médico.
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