Aspectos do tratamento clínico da comorbidade, dor crônica e depressão

Escrito pela Dra. Luciana Sarin - CRM-SP 49.911/ RQE 63.071 - Psiquiatra. Observatório Escola Paulista de Medicina (EPM). Universidade Federal de São Paulo (EPM/Unifesp).

A depressão afeta mais de 300 milhões de pessoas no mundo e é uma das principais causas de
incapacidade global.¹ Suas manifestações clínicas são muito heterogêneas, com múltiplos fatores
subjacentes à suscetibilidade a essa condição, sua progressão e resposta ao tratamento. A dor crônica
comórbida é um fator que frequentemente complica o diagnóstico de depressão, porque pacientes
com dor têm maior probabilidade de serem investigados clinicamente e a avaliação do humor
ser subestimada.² Em uma proporção substancial de pessoas, a dor crônica ocorre na ausência
de estímulos nociceptivos. Sintomas físicos dolorosos inexplicados em pacientes com Transtorno
Depressivo Maior (TDM) exemplifi cam esse fenômeno; outras síndromes somáticas dolorosas funcionais
comuns que não podem ser explicadas por patologia específi ca do órgão são fi bromialgia,
Síndrome do Intestino Irritável (SII) e dores de cabeça tensionais.

Uso de antidepressivos no tratamento da dor e fibromialgia

Escrito pelo Dr. Paulo Victor Sgobbi de Souza - CRM-SP 168.975 - Neurologista e doutor pela Escola Paulista de Medicina da Universidade Federal do Estado de São Paulo (EPM/Unifesp).

A fibromialgia é uma condição caracterizada por dor musculoesquelética crônica e generalizada
associada à fadiga, distúrbios do sono e outros sintomas cognitivos e somáticos.³ Sendo o terceiro
diagnóstico mais comum nas clínicas de reumatologia, a prevalência da fibromialgia na população
em geral varia de 1,3% a 8%, constituindo um diagnóstico diferencial importante para vários
especialistas.⁴

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