Reposição hormonal: quem pode, quem deve evitar e quais os mitos mais comuns

Terapia hormonal pode melhorar a qualidade de vida, mas não é para todos

Publicado em: 26 de junho de 2025  e atualizado em: 26 de junho de 2025
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A reposição hormonal, também chamada de Terapia Hormonal (TH), consiste na administração de hormônios para compensar a diminuição natural da produção pelo corpo. É um tratamento que pode aliviar sintomas e melhorar a qualidade de vida, mas não é indicada para todas as pessoas e requer avaliação médica criteriosa. ¹

Indicações para mulheres e homens ¹

Para mulheres, a TH é mais comum durante a menopausa, quando há queda dos níveis de estrogênio e progesterona, causando sintomas como ondas de calor, secura vaginal e osteoporose. Nos homens, a reposição de testosterona pode ser indicada em casos de deficiência comprovada, manifestada muitas vezes por fadiga, diminuição da libido e/ou disfunção sexual.

Riscos e contraindicações ¹

A reposição hormonal apresenta riscos, como aumento do risco de câncer de mama, doenças cardiovasculares e trombose em mulheres, especialmente quando iniciada tardiamente ou em altas doses. Nos homens, pode haver aumento da próstata e problemas cardiovasculares. É contraindicada em pessoas com histórico de certos cânceres, doenças cardíacas ativas, doenças hepáticas graves, entre outras.

Mitos comuns sobre a reposição hormonal ²

Há vários mitos, como a ideia de que a TH causa câncer em todas as mulheres ou que "rejuvenesce". Na verdade, a terapia visa aliviar sintomas e melhorar a qualidade de vida, e os riscos devem ser avaliados individualmente. Também há equívocos sobre a reposição de testosterona nos homens, que não é isenta de riscos.

A importância do acompanhamento médico ²

Somente um médico especialista pode indicar e acompanhar o tratamento, considerando histórico, exames e estilo de vida do paciente. A decisão deve ser conjunta, equilibrando benefícios e riscos. O Ministério da Saúde reforça a necessidade de avaliação e monitoramento contínuos para segurança e eficácia.

 

Referências:

1. Ministério da Saúde - Brasil. Caderneta da Gestante (Manejo da menopausa). Disponível em: https://www.gov.br/saude/pt-br/centrais-de-conteudo/publicacoes/cadernetas/caderneta-da-gestante/caderneta-da-gestante-2023_v6_web.pdf (Página 125, tópico sobre Climatério e Menopausa, que aborda a TH);
2. Organização Mundial da Saúde (OMS). Saúde Reprodutiva. Disponível em: https://www.who.int/health-topics/reproductive-health

Este material tem caráter meramente informativo. Não deve ser utilizado para realizar autodiagnóstico ou automedicação. Em caso de dúvidas, consulte sempre seu médico.
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