Forma mais rara de câncer, pode afetar homens até 50 anos
O câncer de testículo afeta homens em idade reprodutiva, especialmente entre 15 e 35 anos, podendo chegar até aos 50 anos. É a forma mais rara de câncer e pode ser confundido com inflamações na região, inclusive aquelas transmitidas sexualmente. Tem altas taxas de cura, com várias formas de tratamento, podendo atingir até 96% de sucesso1.
Causas2,3
- Histórico familiar: homens com pais diagnosticados com a doença tem quatro vezes mais chance de também desenvolver câncer;
- Lesões e traumas na bolsa estrotal;
- Criptorquidia: quando o testículo não desce para a bolsa escrotal. Isso é principalmente acompanhado durante a infância, pelo pediatra;
- Fatores externos: pesquisas3 indicam que a presença de hormônios (sintéticos ou naturais), incluídos entre as substâncias chamadas desreguladores endócrinos podem interferir na saúde animal e humana. Neste caso, a suspeita é de causar um aumento da incidência de câncer de mama e endometriose para mulheres, e de câncer de testículo e de próstata para homens.
Sintomas4,5O sintoma mais comum é o aparecimento de um nódulo, que pode ser do tamanho de uma ervilha, e que geralmente não apresenta dor. Outros sintomas que também podem surgir são aumento ou diminuição do tamanho dos testículos, dor na parte baixa do abdômen e sangue na urina. Qualquer alteração precisa ser comunicada a um urologista, que irá avaliar a gravidade disso.
Diagnóstico4,5
Pelo fato de que homens geralmente vão ao médico com menos frequência do que deveriam, muitos diagnósticos de câncer de testículo acontecem tardiamente, comprometendo o tratamento e o prognóstico. A idade média de diagnóstico é de 34 anos, sendo que 76% dos casos estão entre 20 e 44 anos. 70% dos diagnósticos de câncer são feitos por médicos não-cancerologistas5, mostrando que consultas de rotina a especialistas e o check-up anual não devem ser descartados. Na ocorrência dos sintomas, o médico pode solicitar exames de imagem e marcadores tumorais sanguíneos que podem auxiliar no diagnóstico e no seguimento da doença.
Prevenção6
Assim como no câncer de mama para mulheres, o autoexame é um dos principais recursos para a prevenção e detecção de tumores. A recomendação médica é que seja realizado mensalmente, já que o exame físico é a melhor forma de identificar eventuais nódulos. Além disso, é importante ficar de olho nos fatores de risco já listados previamente, como histórico familiar, lesões e traumas na bolsa escrotal e a criptorquidia.
Tratamento2,3
O tratamento pode ser cirúrgico, radioterápico, quimioterápico ou ter apenas acompanhamento clínico, mas somente o médico pode orientar quanto ao tratamento ideal, de acordo com o estadiamento da doença e condições gerais de saúde do paciente.
Fontes: 1. Saúde masculina: tão negligenciada, principalmente pelos homens. Arquivos Brasileiros de Endocrinologia & Metabologia. Último acesso em 26 de agosto de 2021. 2. Urologia Fundamental. Eliney Ferreira Faria e Celso Heitor de Freitas Junior. Último acesso em 26 de agosto de 2021. 3. Desreguladores endócrinos. Daniele Maia Bila e Márcia Dezotti*. Último acesso em 26 de agosto de 2021. 4. Câncer de Próstata. Inca. Último acesso em 26 de agosto de 2021. 5. Conteúdos Relacionados a Câncer de Próstata. Inca. Último acesso em 26 de agosto de 2021. 6. Divisão de Clínica Urológica. FMUSP. Último acesso em 26 de agosto de 2021.