Hiperplasia prostática benigna
A HPB é comum em homens idosos e atinge até 40% dos com 50 anos, e cerca de 90% dos com 90 anos
A Hiperplasia prostática benigna (HPB) é comum em homens idosos, e tem impacto na qualidade de vida, interferindo em atividades diárias e no sono dos pacientes1. É um problema comum, que dificulta o ato de urinar. A prevalência é alta: atinge até 40% dos homens aos 50 anos, e cerca de 90% aos 90 anos2. É considerada a segunda maior causa de cirurgia nesta idade2.
Causas
A HPB está relacionada ao processo de envelhecimento dos homens, que é o principal fator de risco para o desenvolvimento3. O índice de prevalência é de 10% aos 25 anos, 50% aos 60 anos e 90% aos 80 anos de idade3. Alguns estudos ainda indicam a predisposição genética para o desenvolvimento da hiperplasia prostática benigna, considerando que cerca de 50% dos homens com menos de 60 anos de idade que realizaram a cirurgia têm herança genética, e os parentes deles têm risco quatro vezes maior para o desenvolvimento da doença3.
Sintomas
Existem dois tipos de sintomas: os irritativos (alta frequência urinária, urgência para urinar e nictúria, que é acordar diversas vezes ao longo da noite para urinar); e os obstrutivos (redução do calibre e da força do jato urinário, intervalo entre micções menor que duas horas, esforço ou demora para iniciar a micção, jato intermitente e esvaziamento completo)3.
Diagnóstico
O diagnóstico é obtido por meio de consulta com o médico (que identifica os principais sintomas dos pacientes), exame de urina, PSA – determinação do antígeno prostático específico – para pessoas assintomáticas e o toque retal3. Prevenção
Por não saber ao certo sua causa, não existem formas seguras de prevenção da doença3. No entanto, é possível aliviar a evolução dela com o tratamento3. Algumas complicações que a hiperplasia prostática benigna pode trazer3:
- Retenção urinária;
- Litíase vesical;
- Infecção urinária;
- Insuficiência renal;
- Hematúria.
Tratamento
O tratamento tem dois objetivos: aliviar as manifestações clínicas e corrigir as complicações relacionadas ao crescimento da próstata3. Entre algumas opções, existem3:
- Tratamento de seguimento clínico – orientação e monitoração anual, usada para a maioria dos pacientes;
- Alfabloqueadores;
- Inibidores de 5-AR;
- Terapia combinada – terapias diferentes sendo usadas em conjunto;
- Fitoterápicos – diversos extratos e plantas sendo usados como opção de tratamento;
- Procedimento cirúrgico – existem opções de cirurgias para retirada de áreas afetadas.
O tratamento ideal para cada caso será avaliado por um médico especialista.
Fontes: 1. Sociedade Brasileira de Urologia e Sociedade Brasileira de Medicina de Família e Comunidade. Hiperplasia Prostática Benigna. 2006. Último acesso em 8 de setembro de 2021. 2. Hiperplasia Benigna da Próstara. SANTOS, Pedro Bargão; GOMES, Carrasquinho. Último acesso em 8 de setembro de 2021. 3. Urologia Fundamental. Sociedade Brasileira de Urologia. Último acesso em 8 de setembro de 2021.