Como orientar os clientes sobre o descarte correto de medicamentos?
Medicamentos são compostos químicos e por isso devem ser manuseados de maneira muito cuidadosa desde a sua fabricação, distribuição e armazenamento até a sua administração ao paciente e, por fim, no seu descarte. Cabe ao farmacêutico um importante papel de orientação ao paciente sobre a melhor maneira de se desfazer desses medicamentos, informando como proceder e oferecendo pontos de coleta para os produtos, por exemplo.
O descarte incorreto de medicamentos pode provocar significativos danos ambientais. Ao serem lançados diretamente na rede de esgoto, os remédios vencidos ou que não serão mais usados chegam às estações de tratamento de água em sua forma original e podem contribuir para a contaminação da fauna e a flora aquáticas. Para se ter uma ideia, dados da companhia Brasil Health Service (BHS), apontam que a cada 1 kg de medicamento descartado no esgoto (por vaso sanitário ou pias) 450 mil litros de água podem ser contaminados1.
Uma pesquisa realizada em 2019 pelo Conselho Federal de Farmácia (CFF) e pelo Datafolha estudou a maneira como o brasileiro compra e usa medicamentos e apontou que 76% dos entrevistados indicaram maneiras incorretas para a destinação final desses resíduos. Segundo a pesquisa, maioria da população descarta sobras de medicamentos ou medicamentos vencidos no lixo comum e quase 10% afirmaram que jogam os restos no esgoto doméstico (pias, vasos sanitários e tanque)2.
Nesse contexto, o farmacêutico é um personagem muito importante, pois informa o modo mais indicado para armazenar e descartar as medicações vencidas ou em desuso. Compete a ele, como profissional da saúde, direcionar que o descarte desses resíduos seja feito por meio eficazes, seguros e ambientalmente corretos3.
Confira no vídeo a melhor maneira de orientar seus clientes a fazerem o descarte correto de medicamentos.
Fonte: 1.Contribuições para a promoção do uso racional de medicamento Último acesso em: 02/12/2022. 2. Uso de medicamentos Último acesso em: 02/12/2022. 3. O papel do farmacêutico na logística reversa de medicamentos no Brasil: uma revisão Integrativa Último acesso em: 02/12/2022.