O que são transtornos alimentares?

Conheça mais sobre a anorexia nervosa e a bulimia, e como elas se relacionam às condições de transtornos mentais

Publicado em: 16 de novembro de 2022  e atualizado em: 16 de novembro de 2022
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Mais de 70 milhões de pessoas no mundo possuem algum distúrbio alimentar, de acordo com a Associação Brasileira de Psiquiatria. Os transtornos alimentares são caracterizados por um distúrbio no comportamento relacionado à alimentação, que tem como resultado o consumo alterado de quantidade e qualidade dos alimentos, comprometendo a saúde física e mental da pessoa. São transtornos graves, conhecidos como anorexia nervosa, bulimia e transtorno de compulsão alimentar (1).

Os transtornos alimentares têm maior incidência entre as mulheres jovens. No caso da anorexia, o público em que ocorre maior incidência é entre 12 e 17 anos, enquanto a bulimia está mais presentes na vida adulta (1). 

Conheça as diferenças entre os principais tipos de transtornos alimentares:

Anorexia nervosa¹

Um indivíduo com anorexia restringe a alimentação sem qualquer aconselhamento profissional, o que provoca grande perda de peso, seja por meio de dietas ou jejum. A anorexia pode levar a pessoa à desnutrição e efeitos secundários, como falta de energia, anemia, queda de cabelos etc.

Bulimia¹

A pessoa ingere uma grande quantidade de alimento em pouco tempo e, para evitar o ganho de peso, ela induz o vômito ou faz uso indiscriminado de laxantes e diuréticos. 

Transtorno de compulsão alimentar periódica (2)

A pessoa que desenvolve este transtorno ingere uma quantidade grande de alimentos calóricos, seguido de um sentimento de perda de controle durante a alimentação. Ela é mais comum em pessoas com sobrepeso ou obesas, ao contrário da bulimia nervosa, em que a pessoa geralmente tem um peso normal, e das pessoas com anorexia nervosa, que em sua grande maioria são magras.

São conhecidos outros três tipos de transtornos alimentares, como o transtorno alimentar restritivo evitativo (quando a pessoa come pouco ou evita comer determinados alimentos por conta da sua consistência, cor ou cheiro); pica (quando come regularmente algo que não é um alimento) e transtorno de ruminação (regurgitação de alimentos após consumo) (3).

Causas e ligação com o emocional

São diversos fatores de risco que fazem com que a pessoa desenvolva algum transtorno alimentar como a baixa autoestima, a insatisfação com o corpo, preocupações exageradas com o peso e uma valorização do corpo magro (1).

Dicionário da saúde: depressão. Saiba mais aqui.

Os transtornos alimentares são, na verdade, doenças graves e que podem ser fatais. Muitas vezes estão associadas a distúrbios graves e pensamentos e emoções relacionados. Estudos indicam que ele pode ser provocado por uma complexa interação de fatores genéticos, biológicos, comportamentais, psicológicos e sociais (4).

Pacientes diagnosticados com anorexia nervosa ou bulimia, por exemplo, estão mais propensos a desenvolver depressão e ansiedade (1).

Conheça os 5 tipos de transtornos de ansiedade neste artigo aqui.

Diagnóstico e tratamento

Na maioria das vezes, a pessoa com transtorno alimentar não reconhece o seu comportamento ou tem vergonha de assumir os atos. Por isso, é importante que algum parente ou amigo também esteja atento para recomendar a busca por uma ajuda profissional. O tratamento geralmente envolve um procedimento interdisciplinar, com a ajuda de psiquiatras, psicólogos e nutricionistas (5) . 

 

Fontes:

1. Mais de 70 milhões de pessoas no mundo possuem algum distúrbio alimentar. Ministério da Saúde Brasil. Último acesso em 21 de setembro de 2022; 2. Transtorno da compulsão alimentar periódica. Manual MSD. Último acesso em 21 de setembro de 2022; 3. Considerações gerais sobre transtornos alimentares. Manual MSD. Último acesso em 21 de setembro de 2022; 4. Eating Disorders. US National Institute of Mental Health. Último acesso em 21 de setembro de 2022; 5. Transtornos alimentares. Scielo. Último acesso em 21 de setembro de 2022.

Este material tem caráter meramente informativo. Não deve ser utilizado para realizar autodiagnóstico ou automedicação. Em caso de dúvidas, consulte sempre seu médico.
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