O que são transtornos alimentares?
Conheça mais sobre a anorexia nervosa e a bulimia, e como elas se relacionam às condições de transtornos mentais
Mais de 70 milhões de pessoas no mundo possuem algum distúrbio alimentar, de acordo com a Associação Brasileira de Psiquiatria. Os transtornos alimentares são caracterizados por um distúrbio no comportamento relacionado à alimentação, que tem como resultado o consumo alterado de quantidade e qualidade dos alimentos, comprometendo a saúde física e mental da pessoa. São transtornos graves, conhecidos como anorexia nervosa, bulimia e transtorno de compulsão alimentar (1).
Os transtornos alimentares têm maior incidência entre as mulheres jovens. No caso da anorexia, o público em que ocorre maior incidência é entre 12 e 17 anos, enquanto a bulimia está mais presentes na vida adulta (1).
Conheça as diferenças entre os principais tipos de transtornos alimentares:
Anorexia nervosa¹
Um indivíduo com anorexia restringe a alimentação sem qualquer aconselhamento profissional, o que provoca grande perda de peso, seja por meio de dietas ou jejum. A anorexia pode levar a pessoa à desnutrição e efeitos secundários, como falta de energia, anemia, queda de cabelos etc.
Bulimia¹
A pessoa ingere uma grande quantidade de alimento em pouco tempo e, para evitar o ganho de peso, ela induz o vômito ou faz uso indiscriminado de laxantes e diuréticos.
Transtorno de compulsão alimentar periódica (2)
A pessoa que desenvolve este transtorno ingere uma quantidade grande de alimentos calóricos, seguido de um sentimento de perda de controle durante a alimentação. Ela é mais comum em pessoas com sobrepeso ou obesas, ao contrário da bulimia nervosa, em que a pessoa geralmente tem um peso normal, e das pessoas com anorexia nervosa, que em sua grande maioria são magras.
São conhecidos outros três tipos de transtornos alimentares, como o transtorno alimentar restritivo evitativo (quando a pessoa come pouco ou evita comer determinados alimentos por conta da sua consistência, cor ou cheiro); pica (quando come regularmente algo que não é um alimento) e transtorno de ruminação (regurgitação de alimentos após consumo) (3).
Causas e ligação com o emocional
São diversos fatores de risco que fazem com que a pessoa desenvolva algum transtorno alimentar como a baixa autoestima, a insatisfação com o corpo, preocupações exageradas com o peso e uma valorização do corpo magro (1).
Dicionário da saúde: depressão. Saiba mais aqui.
Os transtornos alimentares são, na verdade, doenças graves e que podem ser fatais. Muitas vezes estão associadas a distúrbios graves e pensamentos e emoções relacionados. Estudos indicam que ele pode ser provocado por uma complexa interação de fatores genéticos, biológicos, comportamentais, psicológicos e sociais (4).
Pacientes diagnosticados com anorexia nervosa ou bulimia, por exemplo, estão mais propensos a desenvolver depressão e ansiedade (1).
Conheça os 5 tipos de transtornos de ansiedade neste artigo aqui.
Diagnóstico e tratamento
Na maioria das vezes, a pessoa com transtorno alimentar não reconhece o seu comportamento ou tem vergonha de assumir os atos. Por isso, é importante que algum parente ou amigo também esteja atento para recomendar a busca por uma ajuda profissional. O tratamento geralmente envolve um procedimento interdisciplinar, com a ajuda de psiquiatras, psicólogos e nutricionistas (5) .
Fontes:
1. Mais de 70 milhões de pessoas no mundo possuem algum distúrbio alimentar. Ministério da Saúde Brasil. Último acesso em 21 de setembro de 2022; 2. Transtorno da compulsão alimentar periódica. Manual MSD. Último acesso em 21 de setembro de 2022; 3. Considerações gerais sobre transtornos alimentares. Manual MSD. Último acesso em 21 de setembro de 2022; 4. Eating Disorders. US National Institute of Mental Health. Último acesso em 21 de setembro de 2022; 5. Transtornos alimentares. Scielo. Último acesso em 21 de setembro de 2022.